O Governo de ESWATINI introduziu, desde o dia 1 de Novembro deste ano, uma taxa fronteiriça de circulação rodoviária fixada em 100 dólares americanos por cada veículo que entra naquele país vizinho, uma medida que encontrou em contrapé os transportadores moçambicanos de passageiros, escreve uma publicação da Federação Moçambicana de Transportadores (Fematro).
A publicação cita Ambrósio Lopes, Presidente da MOSATA, associação cujos membros transportam para aquele país, a dizer que a taxa é “insustentável e proibitiva para os transportadores moçambicanos”, e que, por isso, decidiram suspender suas operações para aquele país.
Lopes anotou com preocupação o facto de os transportadores de ESWATINI continuarem a entrar em Moçambique sem pagar nenhuma taxa. Outro aspecto é a existência de veículos particulares de Marca Noah, do lado de ESWATINI, não licenciados e não adequados para o serviço de transporte público de passageiros, a operar no mercado.
Com vista a resolver o problema do lado de Moçambique, a MOSATA reuniu-se, recentemente, em Maputo, com a sua congénere de ESWATINI, a Interstat, para em conjunto encontrarem um “ponto de equilíbrio”. Na sequência, as duas associações chegaram a um acordo, que estabelece reciprocidade entre as partes. No quadro do acordo, os transportadores de ESWATINI vão fazer o transbordo de passageiros na fronteira de Goba, e os transportadores nacionais levarão os passageiros para seus destinos domésticos, e vice-versa. As duas organizações apelam aos Governos de Moçambique e de ESWATINI para resolverem o problema, que está a afectar o transporte passageiro entre os dois países. (Carta)