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terça-feira, 08 outubro 2019 04:18

Cresce produção de Gás Natural em Moçambique, mas consumo doméstico ainda é menor

Dados do Instituto Nacional de Petróleos (INP) indicam que a produção do gás natural no país, nos primeiros cinco anos (a partir de 2004), situou-se, em média, nos 93,2 Milhões de Giga Joules (MGJ) por ano.

 

Partilhados há dias num seminário internacional sobre “Preços de Transferências”, dados do INP demonstram ainda que, passados mais cinco anos, a produção do gás natural na Bacia de Moçambique (concretamente na província de Inhambane) pela petrolífera sul-africana Sasol, subiu para uma média de 135,2 MGJ por ano.

 

Responsável por regular o sector, monitorar os reservatórios em produção, o transporte e armazenamento de petróleo, o INP reporta ainda que, nos últimos cinco anos (de 2014 a 2018), a produção subiu ainda mais para uma média de 189,2 MGJ por ano.

 

Entretanto, dados constantes no último Relatório e Contas (referente ao exercício findo a 30 de Junho de 2019) da estatal Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH), uma Joint Venture que se dedica à comercialização do Gás Natural produzido na referida Bacia (e não só), revelam que, da actual capacidade de produção (183 MGJ) dos poços de Pande e Temane, apenas 27 MJG por ano são destinados ao mercado moçambicano, concretamente 08 MGJ para a subsidiária da estatal Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, a KOGAS, 11 MGJ para a Central Térmica de Ressano Garcia e 08 MGJ para a empresa Matola Gas Company.

 

Ainda de acordo com dados da CMH, da capacidade total, os restantes 156 MGJ por ano são levados, no âmbito de dois contratos com a Sasol para a vizinha África do Sul, através de um gasoduto de 865 km de cumprimento, de transmissão subterrânea. (Evaristo Chilingue)

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