A informação foi partilhada segunda-feira (22) última, em Maputo, pelo Presidente do Conselho de Administração (PCA) do Banco Nacional de Investimento (BNI), Tomás Matola, falando durante um seminário de reflexão sobre os desafios da indústria manufactureira em Moçambique.

O instrumento financeiro, resultante do memorando tripartido, assinado em Dezembro passado, entre o Ministério da Indústria e Comércio (MIC), BNI e a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) enquadra-se ainda na Política e Estratégia Industrial, através da resolução nº23/2016 de 12 de Setembro.

Sendo sua missão, após a assinatura do memorando, o BNI desdobra-se na busca de financiamento do fundo no exterior e prevê que, até finais do corrente ano, o instrumento comece a funcionar.

“A mobilização de recursos financeiros tem estado a decorrer a um ritmo satisfatório. Depois de termos terminado a estruturação do modelo operacional do Fundo, iniciamos um processo de apresentação ao nível internacional, particularmente na China, Europa e Estados Unidos da América, mas também a nível regional e conseguimos interessar muitos investidores”, disse o PCA do BNI.

Matola referiu que o maior interesse dos investidores explica-se por eles entenderem o modelo de financiamento adequado para o financiamento da indústria nacional, em condições adequadas ao perfil de risco e retorno e, ainda, pelo facto de o Fundo permitir aglutinar recursos de várias fontes.

Segundo o PCA do BNI, a China é um dos maiores interessados no projecto, bem como o Banco Mundial e outras instituições financeiras.

Quanto à China, Matola disse estar-se a preparar uma conferência “em que teremos de mobilizar todo o sector industrial moçambicano para aquele país para a troca de experiências e identificação de parcerias concretas que vão permitir que se desenhem projectos que serão financiados pelos recursos que serão disponibilizados”.

O PCA do BNI disse não ser momento oportuno para falar dos valores já conseguidos e por mobilizar, mas reiterou que o fundo estará pronto este ano. (Evaristo Chilingue)