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sexta-feira, 14 junho 2019 07:19

Economista diz que liquidez em moeda externa melhorou em Maio

O economista-chefe do Standard Bank Moçambique, Fáusio Mussá, afirma que a liquidez, em moeda externa, no mercado cambial, melhorou, em Maio passado, devido aos influxos associados à ajuda e empréstimos externos, que atenuaram o impacto dos dois ciclones Idai e Kenneth, que atingiram o país, em Março e Abril, respectivamente.

 

Comentando o Inquérito Mensal feito pela sua instituição às empresas privadas, cujos resultados indicam uma melhoria do ambiente de negócio, no mês passado, Mussá diz que, para além de influxos associados à ajuda e empréstimos externos, a aprovação do Plano de Desenvolvimento (POD) para o projecto de gás natural liquefeito (GNL) da Área 4 da bacia do Rovuma e a comunicação de uma Decisão Final relativa ao investimento no projecto GNL da Área 1, prevista para terça-feira (18 de Junho) terão contribuído para o aumento do sentimento positivo e da actividade empresarial.

 

“Contudo, continuamos a esperar um crescimento mais lento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, de 2,7 por cento”, observa o economista.

 

Citado pelo Relatório do Inquérito, Mussá alerta que o “par Dólar e Metical” começou a reverter a tendência ascendente dos últimos sete meses, tendo registado uma queda constante, desde o início de Maio, estando agora abaixo dos 62,0.

 

“O par aumentou em 6,3 por cento dos seus 60,6, no final de Setembro de 2018, para 64,4 no final de Abril de 2019”, acrescenta a fonte.

 

Face a essa situação, o economista defende que uma recuperação sustentável estará dependente de uma maior flexibilização da política monetária e da regularidade de entrada de divisas.

 

Mussá diz, porém, que apesar da fraca actividade económica e da baixa procura agregada, o Banco Central evidenciou alguma preocupação, relativamente às possíveis pressões de liquidez cambial, riscos fiscais e implicações a nível da inflação.

 

“Observámos que a flexibilização da política monetária estagnou, tendo a principal taxa de juro da política monetária, MIMO, ficado inalterada a 14,25 por cento, desde Dezembro de 2018, e um aumento inesperado de 900 pontos base do rácio de reservas mínimas de divisas para 36 por cento”, explica a fonte. (Evaristo Chilingue)

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