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terça-feira, 14 janeiro 2025 07:59

Eleições 2024: Bancos e comércio encerram devido às novas manifestações

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Os bancos comerciais e o comércio encerraram actividades esta segunda-feira (13) devido à nova onda de manifestações, convocadas no sábado passado para segunda, terça e quarta-feira desta semana, dias que coincidem com a tomada de posse de deputados e do novo Presidente da República. O destaque vai para os principais bancos, nomeadamente, o Millennium bim, o Banco Comercial e de Investimento (BCI) e o Moza Banco. 

 

Entretanto, alguns bancos não estiveram encerrados em todo o país, senão nas cidades de Maputo e Matola por serem locais com maior risco de ocorrência de vandalização. “Informamos aos nossos estimados clientes e ao público em geral que hoje, dia 13 de Janeiro, os nossos balcões estarão abertos em todo o país, excepto em Maputo e Matola, onde todos os nossos balcões estarão encerrados”, avisou o BIM.

 

Com o encerramento de balcões, os bancos aconselharam os utentes a recorrer a canais digitais para efectuar os movimentos. Para além dos balcões de bancos, o comércio também foi afectado nas cidades de Maputo e Matola devido ao risco de vandalização de lojas e saque de bens. Num dia chuvoso, a área metropolitana do Grande Maputo foi também caracterizada por falta de transporte público, o que levou centenas de cidadãos a percorrer longas distâncias para chegar aos seus destinos.

 

A convocação de manifestações foi feita no sábado pelo candidato presidencial, Venâncio Mondlane, após uma tentativa de assassinato contra a sua equipa, durante uma deslocação que tinha como destino o mercado Xipamanine.

 

Falando numa transmissão ao vivo na sua página do Facebook, Mondlane relatou como homens vestidos a civil e sem identificação abriram fogo contra a sua equipa e material de apoio. “Começaram a atirar diante do meu pessoal de imagem. Atiraram para o camião que trazia o som, para o equipamento informático, e tomaram celulares e computadores”, explicou Mondlane, que também exibiu cápsulas de balas disparadas durante o ataque, dizendo “olhem para isto. São cápsulas verdadeiras, destinadas a tirar vidas”.

 

Segundo Mondlane, não houve mandato judicial, nem fundamento legal senão vontade dos indivíduos armados em atirar para matar inocentes, e recordou o assassinato de três jovens pela polícia na quinta-feira passada (09), dia em que regressou a Moçambique. O candidato presidencial disse que não houve nenhum distúrbio ou vandalismo por parte dos jovens, o que torna injustificável a acção policial. (Carta)

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