A Renamo, o maior partido da oposição, manifestou o seu desagrado com o reajuste das tarifas efectuado pelas companhias de telefonia móveis que, no seu entender, continuam elevadas. A formação política defende que a acção das telefonias configura uma violação do decreto do Conselho de Ministros. O pronunciamento foi feito ontem (18) em Maputo, pelo Porta-voz da Renamo, José Manteigas.
Manteigas falava a jornalistas em conferência de imprensa, na apresentação dos candidatos que vão encabeçar as listas provinciais para membros das assembleias provinciais e a deputados da Assembleia da República.
“Surpreendentemente, as operadoras de telefonia móvel não fizeram a reposição, senão alguns reajustes, o que configura uma afronta e violação ao decreto do Conselho de Ministros”, disse.
Segundo a fonte, o agravamento dos custos da telefonia móvel está a impedir milhares de cidadãos, particularmente os estudantes, o acesso ao conhecimento e direito à informação.
Por isso, o porta-voz da Renamo frisou: “mais uma vez, voltamos a instar o Governo e a entidade reguladora a tomarem medidas que reponham a legalidade e permitam o fácil acesso aos meios de informação e tecnologia que inegavelmente promovem o conhecimento e massificam o direito à informação.
Acusou o Presidente da República, Filipe Nyusi, de usar os recursos do Estado e paralisar instituições do mesmo Estado, levando a reboque o candidato da Frelimo, Daniel Chapo, para apresentações públicas, o que, segundo ele, agride a figura de Chefe de Estado que não se deve atrelar a interesses privados.
“Aproveitamos esta ocasião para manifestar o nosso repúdio ao uso abusivo dos meios públicos para fins políticos e exigir do Presidente da República para abster-se destas práticas que põem em causa a harmonia social e a convivência plural”, disse. (AIM)