Outra finalidade da reunião que decorrerá na capital moçambicana nos dias 23 e 24 de Maio deste ano é promover a investigação e tecnologia, para o desenvolvimento deste sector na região. Com o encontro pretende-se ainda identificar as linhas de actuação conjunta que contribuam para acelerar a concretização dos compromissos nacionais, regionais e internacionais assumidos pelos países da região Ocidental do Oceano Índico. Outro propósito do nosso país com a realização da Conferência ‘Crescendo Azul’ é colocar a conservação da biodiversidade como factor de desenvolvimento sustentável, com base no Oceano.
Falando esta quarta-feira (03) no lançamento sobre Economia Azul, o Primeiro-Ministro Carlos Agostinho do Rosário disse que a iniciativa deverá servir de plataforma para a busca de conhecimentos e troca de experiências na preservação e utilização cada vez mais sustentável do Oceano e do Mar, que para além da actividade tradicional, a pesca, permite o desenvolvimento de serviços portuários, turismo, desporto e exploração de hidrocarbonetos.
À margem do lançamento, o vice-presidente do sector de agro-negócios e pescas na confederação das Associações Económicas (CTA), Muzila Nhantsave disse que a Conferência calha num bom momento, em que Moçambique acaba de ser devastado pelo ciclone, um fenómeno que nos últimos anos é frequente no país e que de entre várias razões é provocada pela má gestão dos oceanos e mares (e do próprio planeta). Neste sentido “espero que os Estados a participar do evento tomem medidas para a consciencialização do melhor uso do oceano, não só com discursos, mas acima de tudo com atitudes”.
Outras questões que Muzila espera que sejam afloradas no evento relacionam-se a pesca “ilegal e irresponsável” que cria problemas a sustentabilidade dos recursos marinhos, bem como a poluição dos mares principalmente através do plástico criando contaminação e morte de espécies.
A Conferência ‘Crescendo Azul’ é um evento que vem para ficar e a sua realização nos próximos anos será bianual.
(Evaristo Chilingue)