O Ministro sul-africano da Electricidade, Kgosientsho Ramokgopa, disse que uma transacção complicada, a falta de urgência da Eskom e a dívida pendente levaram ao atraso na importação de 100 MW de Moçambique, um acordo que foi estabelecido em Junho. No início deste mês, o governo moçambicano disse estar frustrado por não ter havido progressos por parte da Eskom na finalização da aquisição da electricidade prometida para ajudar a aliviar a redução de carga.
A adição de 100 MW vai aumentar a disponibilidade da energia na África do Sul em 0,2% e equivale a aproximadamente 10% de uma fase de redução de carga. No entanto, era importante para a Eskom ter acesso a todos os megawatts possíveis, disse Ramokgopa.
Respondendo a perguntas na Assembleia Nacional esta quarta-feira, Ramokgopa disse que "questões de dívida herdada" entre a Eskom e a sua contra-parte moçambicana foram um obstáculo, enquanto outro foi a complexidade do contrato, que precisava de ter em conta o preço e o risco cambial.
Ramokgopa detalhou que Moçambique confirmou que 100 MW podem ser disponibilizados imediatamente e 600 MW até ao fim de Dezembro. “Assim, ao nosso nível, concordamos que havíamos garantido isso. Mas mesmo no meio da crise, ainda é preciso respeitar e honrar os processos. Então o processo de contratação teve que acontecer. Houve também um problema antigo com a contraparte da Eskom em Moçambique, que lhe devia uma quantia significativa de dinheiro. Tenho o prazer de informar que esses assuntos foram resolvidos. Faremos os possíveis para perseguir cada megawatt porque a agregação nos ajudará a reduzir os apagões”, acrescentou.
Ramokgopa disse que concorda com os deputados da oposição de que é necessária mais urgência para resolver a redução dos apagões e que "neste caso, parece que isto não é algo que (Eskom) tenha feito com rapidez". (News24)