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segunda-feira, 12 junho 2023 07:06

Caem exportações de carvão e alumínio por queda de preços a nível internacional

As exportações de carvão mineral, barras de alumínio e energia eléctrica caíram drasticamente no primeiro trimestre de 2023 por causa da queda de preços das commodities no mercado internacional. Ainda assim, o valor de exportações totais registou ligeiro crescimento no período em análise.

 

Dados compilados pelo Banco de Moçambique referem que os preços das principais commodities mantêm-se em queda, a reflectir as perspectivas de refreamento do crescimento da economia mundial. Como consequência, as exportações internas verificaram uma redução devido à queda de preços do carvão térmico e do alumínio, facto que é justificado pelo aumento da oferta destas mercadorias no mercado internacional, impulsionado pelo consumo da China.

 

As exportações de barras de alumínio, carvão mineral e energia eléctrica caíram, 141, 80 e 9 milhões de USD em relação ao primeiro trimestre de 2022 em que as exportações daqueles produtos atingiram 396, 541 e 141 milhões de USD, respectivamente.

 

Apesar da queda do preço no mercado internacional, o Banco Central revela, em Relatório sobre a Conjuntura Económica e Perspectivas de Inflação, publicado há dias, que o total de exportações registou ligeiro crescimento. 

 

“No período em referência, o valor das exportações de bens incrementou em relação ao período homólogo de 2022, em apenas USD 4,4 milhões”, lê-se no Relatório. Contribuíram para esse ligeiro crescimento o gás natural e areias, cujas exportações cresceram 252 e 3 milhões de USD em relação ao primeiro trimestre de 2022 em que as exportações se situaram em 89 e 118 milhões de USD.

 

Se as exportações cresceram, tal não aconteceu com as importações que reduziram em pouco mais de 4 mil milhões de USD, o que contribuiu para a melhoria do saldo de bens. De acordo com o documento, a redução substancial do valor das importações é justificada pelo valor expressivo da plataforma flutuante do projecto Coral Sul (cerca de 4,2 mil milhões de USD), registado no primeiro trimestre de 2022.

 

Em termos de produtos, para além da queda das importações de maquinaria, dados do Relatório revelam que também caíram as importações de material de construção e de alumínio bruto em 18 e 14 milhões de USD respectivamente. No primeiro trimestre de 2022, as importações desses produtos situaram-se em 152 e 127 milhões de USD, respectivamente.  

 

Entretanto, contrariam a tendência de queda as importações de combustíveis e automóveis que cresceram 135 e 13 milhões de USD respectivamente (apesar da baixa do Brent no mercado internacional). No primeiro trimestre de 2022, as importações desses produtos custaram 246 e 89 milhões de USD, respectivamente.

 

Quanto aos combustíveis, o Banco de Moçambique prevê contínuo abrandamento do preço do brent e do trigo, a reflectir a procura global contida e as perspectivas de aumento da produção nos Estados Unidos da América e Rússia, respectivamente. 

 

“Para 2023, as perspectivas continuam a apontar para a convergência dos preços do brent e dos bens alimentares para níveis pré-conflito russo-ucraniano”, sublinha o Relatório sobre a Conjuntura Económica e Perspectivas de Inflação. (Carta)

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