Os projectos de liquefação de gás natural na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, vão gerar pelo menos 10 mil empregos directos até 2025. De acordo com o Conselheiro Geral da TotalEnergies e chefe da Total para Moçambique, Maxime Rabilloud, até ao momento foram criados 6.000 postos de trabalho directos, graças à ligação entre a petrolífera francesa e o governo moçambicano.
Falando após uma audiência concedida pela Ministra do Trabalho, Margarida Talapa, Rabilloud sublinhou que, no âmbito do projecto GNL (Gás Natural Liquefeito), a abordagem na criação de empregos privilegia a população do distrito de Palma em Cabo Delgado, onde as infra-estruturas de liquefação serão construídas.
Segundo Rabilloud, está a ser prestado apoio aos jovens na criação de pequenas e médias empresas, formadas maioritariamente por diplomados do Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo (IFPELAC).
Por seu lado, Talapa disse que, apesar do revés causado pelos ataques terroristas na província, o governo está a desenvolver esforços para restabelecer a segurança e estabilidade em Cabo Delgado.
Talapa mostrou a vontade do governo em coordenar com a TotalEnergies para retomar o projecto de GNL na Bacia do Rovuma, ao largo da costa do distrito de Palma. O projecto foi interrompido quando a TotalEnergies declarou “força maior” em resposta a um ataque terrorista contra a cidade de Palma em Março de 2021.
Talapa declarou que o projecto GNL é estratégico para Moçambique, principalmente pelas oportunidades de emprego que vão ser criadas, pela formação de moçambicanos nas indústrias de petróleo e gás e pela atracção de mais investimentos em diversas áreas económicas.
A ministra destacou a recente aprovação governamental da revisão geral da Lei do Trabalho, como forma de atrair investimento directo estrangeiro. A nova lei laboral aguarda aprovação do parlamento moçambicano, a Assembleia da República. (AIM)