O Director de Planeamento Militar e Capacidade Conceitual da União Europeia, almirante-geral Herve Blejean, juntamente com o Comandante da Força de Formação da União Europeia em Moçambique, Brigadeiro-General Comodoro Martins de Brito, visitaram esta quarta-feira o Quartel-General das Forças de Segurança do Ruanda em Mocímboa da Praia, Província de Cabo Delgado. Durante a sua visita, eles receberam informações sobre a situação de segurança na Área de Responsabilidade das Forças de Segurança do Ruanda.

O almirante-general Herve Blejean apreciou o grande feito registado pelas forças conjuntas em Cabo Delgado (Forças Armadas de Moçambique, do Ruanda e SAMIM) que alcançaram resultados positivos, em particular, o regresso de um grande número de deslocados internos às suas casas. Acrescentou que a UE aprecia e promete o seu apoio contínuo às operações conjuntas em curso para trazer uma paz duradoura a Cabo Delgado.

No fim de 2022, o Conselho da UE aprovou um financiamento de 20 milhões de euros para apoiar o envio contínuo de tropas ruandesas para combater os terroristas na província de Cabo Delgado, em Moçambique.

Espera-se que a assistência viabilize a aquisição de equipamentos e cubra os custos relacionados com o transporte aéreo estratégico necessário para sustentar o destacamento ruandês em Cabo Delgado. O financiamento da intervenção do Ruanda em Moçambique insere-se nas medidas de assistência adoptadas pela União Europeia de apoio às forças armadas de cinco países. Estes incluem Bósnia e Herzegovina, Geórgia, Líbano, Mauritânia e Ruanda.

Na altura, o Governo do Ruanda saudou o apoio do European Peace Facility às operações conjuntas em Cabo Delgado e reiterou o compromisso contínuo de trabalhar com parceiros para combater o terrorismo. Antes da assistência da União Europeia, o contingente ruandês era totalmente financiado pelo governo do Ruanda.

Ruanda destacou pessoal do exército e da polícia para Cabo Delgado em julho de 2021, a pedido do Governo de Moçambique. Em Dezembro de 2022, o Ruanda tinha cerca de 2.500 soldados envolvidos em operações conjuntas com as forças moçambicanas, enquanto tropas adicionais foram destacadas para áreas que sofreram novos ataques terroristas. (Carta)