Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI
segunda-feira, 30 maio 2022 07:15

BVM projecta cotar mais 19 empresas até 2026

bolca min

A Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) pretende admitir mais 19 empresas no mercado, passando dos actuais 11 para 30, nos próximos quatro anos. Com esta medida, a BVM pretende dar resposta a um dos seus principais desafios que se prende com a necessidade de ver cotadas mais empresas no mercado accionista e obrigacionista, bem como o aumento da capitalização bolsista.  

 

″Pretendemos também contribuir para o crescimento do financiamento ao sector privado, apostar na criação de novos produtos, serviços, mercados e instrumentos financeiros, bem como admitir a cotação às empresas do Sector Empresarial do Estado (SEE)″, disse, semana finda, o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da instituição, Salim Valá. 

 

Valá falava em Maputo, no âmbito da visita de trabalho da Comissão do Plano e Orçamento (CPO) da Assembleia da República (AR) à BVM, no contexto da fiscalização e supervisão que este grupo parlamentar tem realizado às empresas públicas e instituições participadas pelo Estado. 

 

De acordo com uma nota do Ministério da Economia e Finanças (MEF), durante a visita, o PCA da BVM acrescentou que a instituição pretende ainda criar mecanismos apropriados para atrair as pequenas e médias empresas, promovendo a formalização da economia e internacionalização das empresas moçambicanas.  

 

″É neste contexto que estamos a equacionar a introdução de incentivos temporários direccionados às empresas cotadas na Bolsa de Valores, bem como ampliar e aprofundar a implementação do programa de capacitação e literacia financeira, em particular, sobre o mercado de capitais″, frisou Valá citado pela nota. 

 

Por seu turno, o presidente da Comissão do Plano e Orçamento, António Niquice, disse que os parlamentares estão interessados em ver a BVM a atrair cada vez mais empresas, sobretudo, as Pequenas e Médias Empresas. Niquice defende que as empresas do Sector Empresarial do Estado devem estar cotadas na Bolsa como forma de obter vantagens de financiamento e visibilidade no mercado nacional e internacional. 

 

A Comissão do Plano e Orçamento explicou ainda que a visita tinha como objectivo avaliar, dentre outros aspectos, o desempenho dos indicadores financeiros da BVM; as estratégias para dinamizar a economia nacional, o plano de comunicação e promoção, o quadro legal que regulamenta o funcionamento da instituição e os incentivos existentes para estimular a poupança e o investimento.

 

″Estávamos interessados em saber mais sobre a admissão das grandes, pequenas e médias empresas ao mercado bolsista, bem como a influência da BVM no desempenho das PME″, afirmou, Niquice, citado pela nota.

 

A BVM é uma instituição financeira pública criada em 1997. Cabe à Bolsa de Valores a criação e manutenção de local e sistemas dotados de meios necessários ao funcionamento de um mercado livre e aberto para a realização de compra e venda de valores mobiliários. A Bolsa assegura também os serviços de registo, compensação, liquidação e divulgação de informação suficiente e oportuna sobre as operações realizadas.

 

Até primeiro trimestre de 2022, contava com 11 empresas cotadas, nomeadamente Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH), Cervejas de Moçambique (CDM), Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB),  Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE), Touch Publicidade, Paytech, Rede Viária de Moçambique (REVIMO), Arko Seguros, 2Business, Arco Investimentos e Zero Investimentos. (Carta)

Sir Motors

Ler 1736 vezes