As empresas do Estado moçambicano aumentaram a sua contribuição para o tesouro para 86,5 milhões de euros nos últimos anos, como resultado do processo de restruturação em curso, disse ontem no parlamento o primeiro-ministro, Adriano Maleiane.
Maleiane respondia a questões da oposição no encerramento da sessão de perguntas ao Governo, que decorreu desde quarta-feira na Assembleia da República.
Em 2016, o setor empresarial do Estado transferiu 512 milhões de meticais (7,3 milhões de euros) para as receitas estatais, cifra que subiu exponencialmente para seis mil milhões de meticais (86,5 milhões de euros) em 2021, afirmou, sem, no entanto, dar mais detalhes sobre os números.
“Continuaremos a pautar-nos pelas medidas de reestruturação assentes nas dimensões financeira, operacional, de gestão dos recursos humanos e de governação corporativa, com o objetivo último de viabilizar e rentabilizar o setor empresarial do Estado”, declarou.
O primeiro-ministro avançou que a restruturação em curso classifica as empresas do Estado em estratégicas, estruturantes e não estratégicas, como método que vai definir o tratamento a dar ao setor empresarial estatal.
As empresas estratégicas e estruturantes estão a ser reformadas "com vista a torná-las rentáveis e sustentáveis e as empresas não estratégicas estão em processo de venda ou liquidação”, explicou.
A empresa Correios de Moçambique, prosseguiu, é o exemplo de empresa não estratégica, o que determinou a sua liquidação. “Para o efeito, foi criada uma comissão liquidatária com o objetivo de apurar os ativos e passivos para depois liquidar as dívidas, priorizando o Estado, os trabalhadores e os credores”, enfatizou. (Lusa)