Foi lançada uma campanha de angariação de fundos para ajudar o músico, produtor e empresário Bang que se encontra gravemente doente. O cartaz propagandístico mostra as modalidades e os requisitos do tal ofertório. Tem números de conta, NIBes, SWIFTes, Eme-Pesas, etecetera. Só não estou a entender uma coisa: por que é que as pessoas que têm vontade de ajudar estão a perder tempo em discutir sobre ética e solidariedade com as que não têm vontade de ajudar. O que é que as pessoas que querem ajudar ganham com isso? Evidentemente, nessa discussão quem ganha são os que não querem ajudar.
Por ser um acontecimento que está a acontecer no planeta Terra, há terráqueos que querem ajudar e há os que não querem ajudar. Isso é 'normal'. O que não é normal é os que querem ajudar gastarem o seu tempo a discutir com os que não querem ajudar. É isso que não entendo. Enquanto o Bang está a espera que a ajuda chegue a ele o mais rápido possível, os que têm vontade de ajudar estão a dar aulas de ajuda aos que não têm vontade de ajudar.
O normal seria, no meu ponto de vista, que os que querem ajudar ajudassem simplesmente e deixassem no seu cantinho os que não querem ajudar. Ou seja, eu pensava que os que querem praticar o bem só iriam praticá-lo de boa fé sem se importarem com nada. Pensava que os que querem apoiar o Bang só iriam transferir o dinheiro sem se preocuparem com os que não transferiram ou os que estão a maldizer o Bang.
A solidariedade não é discursiva, ela é prática. A empatia deve ser demonstrada pela ação. Ela deve ser praticada. A indiferença é não fazer nada. A insensibilidade é ficar de braços cruzados. Enquanto isso, a bondade é prática. Os bons devem ser bons pela prática. Ou seja, se os bons travarem guerra contra os maus, Bang estará a espera de ajuda até ao dia que a guerra acabar. A ajuda não irá chegar a família Bang, se os que querem ajudar pararem de ajudar para discutirem com os que não querem ajudar. O que a família Bang necessita neste momento é de ações práticas e concretas de apoio e não de sermões no cume dos Alpes.
Então, por favor, aconselho aos que querem ajudar o Bang a fazerem com a máxima urgência sem se importarem com os que não querem. É assim que o bem vence o mal: praticando e fazendo. Se os que querem ajudar ajudarem de boa fé sem se importarem com os insensíveis estarão de alma e consciência tranquilas. E é isso que importa.
Se você quer apoiar o Bang, então, faça a sua parte e durma tranquilo! Poupe-se desse evangelho desnecessário! Não discuta os motivos dos outros. O Bang está a espera do seu gesto. É tempo de ajudar e não de filosofias. Não é tempo de perceber os motivos dos outros nem de argumentar os seus. Quer ajudar, ajuda! Conhece alguém que não quer ajudar, isso é com ele. Não gaste o seu tempo tentando-lje perceber. Isso não vai ajudar muito. Em tempos de guerra não se limpam armas.
Então, você que quer ajudar o Bang já ajudou? Você que quer ajudar já transferiu alguma coisa para a família ou está apenas preocupado em mostrar aos que não querem ajudar que você quer ajudar?
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Notei com certa curiosidade e estranheza que a lista de Agostinho Vuma tem candidatos suplentes, mas a de Álvaro Massinga não tem. Ou seja, a lista 'A' tem 4 pessoas na reserva e a 'Bê' não tem nenhuma. Para ser mais claro: a lista 'A' tem 15 elementos e a lista 'Bê' tem somente 11. Isto significa que Vuma está a jogar com 15 jogadores e Massinga, 11.
Salvo melhor esclarecimento, em 2017, Vuma tinha suplentes na sua lista? Qual é a função do suplente numa lista concorrente? Por exemplo, as duas pessoas que estão na reserva no Conselho Directivo vão substituir o presidente eleito da Cê-Tê-A em caso de incapacidade? Já não serão os 'vices' a substituir o presidente em casos tais? Qual é a diferença entre os 4 vice-presidentes e os 2 suplentes do presidente?
É interessante notar que as figuras de suplente apareceram na lista de Agostinho Vuma num momento em que este foi abandonado pelos seus 4 'vices' e formaram uma lista adversária. Será que os dois suplentes do presidente Vuma, por exemplo, tem como objectivo antecipar-se aos casos de fuga dos seus 'vices'? É uma forma de garantir que, quando os 4 vice-presidentes fugirem, pelo menos restará com 2 suplentes e não estará completamente abandonado?
Também não deixa de ser interessante que isto tudo ocorre num momento em que o actual presidente da Cê-Tê-A, que coincidentemente é o candidato da lista 'A', sofreu um atentado. Será que Vuma está tão traumatizado a ponto de pensar que, caso ganhe estas eleições, irá sofrer outro atentado e que deve haver suplentes para o substituir? Ou é mesmo aquela versão segundo a qual o Salimo é um dos seus 'vices' induzido pela ambição desmedida de poder?
Por favor, peço uma 'exclaração' jurídica. Será que a última Assembleia Geral definiu que Vuma é o candidato mais vulnerável e que deve, por isso, ter uma equipa de reserva? Os suplentes do candidato Vuma conhecem os seus termos de referência? Sabem o que vão fazer nos próximos 4 anos? Ou vão passar a vida a rezar para que alguém fique incapaz para tomarem posse? Ou talvez aquela ideia de que temos de estar numa lista onde todos somos chefes, nem que seja 'chefe-sem-pasta'.
Como se explica que Vuma esteja a jogar com 4 atletas a mais do que o seu adversário Massinga? Quid juri?!
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Voltemos um pouco no tempo. Era 2015. Não sei se vocês se lembram... quando Manuel Chang se candidatou à presidência da Federação Moçambicana de Futebol? Alguém se lembra? Pois é! Aquela deve ter sido a única vez na vida que Chang tentou nos ajudar e nós não entendemos. É preciso não esquecer que o elenco de Chang era composto por Tico-Tico, Arnaldo Salvado, Tony Gravata, Altenor Perreira, Cremildo Gonçalves, etecetera - verdadeiros homens do nosso futebol. E Chang foi o primeiro a apresentar candidatura naquelas eleições.
Pessoal, talvez o nosso futebol não estaria essa porcaria que é hoje. Talvez estaríamos muito avançados. Naquela altura, Chang já tinha roubado esse todo dinheiro que hoje se fala. O gajo estava cheio de tako. Estava 'chê-da-mola'. Chang já nos tinha enfiado abacaxi e queria gastar o dinheiro no futebol. Vai ver que era uma forma inteligente de nos fazer curativo! Talvez era a tão desejada vaselina.
Fomos muito atrapalhados! Nem quisemos ouvir as reais intenções do Chang. Com o dinheiro que Chang tinha naquela altura, talvez, hoje, teríamos um estádio olímpico para cada agregado familiar. Talvez a ideia de Chang fosse massificar de verdade o nosso futebol onde cada casa teria o seu próprio campeonato. E do jeito que aquele homem é mafioso, talvez hoje Moçambique já estaria no Mundial 2022 de Quatar a espera dos outros se qualificarem. Nós já estaríamos lá como co-organizadores e a vendermos bilhetes. Também acho que Nhangumele e Boustani já teriam levado a taça para Moçambique. As equipas só iam jogar por jogar.
Irmãos, não aproveitamos o Chang! Naquela altura, Chang falava da necessidade de criação de um 'Observatório de Futebol' que se reuniria anualmente para decidir sobre os problemas do nosso futebol. Vejam só: 'observatório'! Coisa de ricos. Hoje, não estamos a jogar o Moçambola porque é capaz de chover... um dia desses. Pobrice! Provavelmente, hoje seríamos o país com mais bolas per capita. Chang já tinha notado que o maior problema deste país é a falta de bolas.
Enfim, talvez a salvação do nosso futebol esteja ali nos calabouços dos nossos cunhados e nós aqui 'a se arrependendo' com malta Simango e Sidat. É isso: a única vez que Manuel Chang tentou nos ajudar mandamos o gajo pentear macacos - e ninguém tem coragem de falar disso. Talvez Chang não seja tão ruim assim. O desporto muda as pessoas. Talvez o futebol seja mesmo a paixão dele. Hoje, teríamos bolas, certamente! Caso para dizer que o nosso futebol está preso.
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