O Ministério Público, na província de Inhambane, abriu um processo-crime contra o Secretário Permanente do distrito de Funhalouro, Manuel Pomule, por alegado envolvimento no desvio de cerca de três milhões de meticais (46.600 dólares ao câmbio actual) dos cofres do Estado.
Segundo a Procuradoria, o caso remonta ao período entre 2019 e 2022, quando Pomule exercia o cargo de Secretário Permanente do distrito de Panda, altura em que teria falsificado guias de viagem para receber ajudas de custo e desviado combustível e liderado outros esquemas fraudulentos “com o apoio de funcionários públicos e agentes do sector privado”.
Como resultado do processo, o Tribunal Provincial de Inhambane iniciou o interrogatório de Pomule e outros réus, também acusados de participação activa no esquema de peculato. Os crimes de que são acusados incluem conspiração criminosa, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.
A PGR pede a perda, em favor do Estado, de todos os bens adquiridos ilegalmente pelos réus durante o período do esquema de peculato. Os bens em questão incluem carros e casas de luxo.