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9 de Abril, 2025

Plano dos 100 dias: Governo com apenas metade dos indicadores concluídos

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Quando faltam 16 dias para Daniel Chapo completar 100 Dias, na Presidência da República e, consequentemente, na liderança do Governo moçambicano, iniciados a 15 de Janeiro de 2025 último, o Executivo tem apenas a metade dos indicadores, que se propôs a cumprir, implementados na sua totalidade. A informação foi revelada esta manhã, pela Primeira-Ministra, Maria Benvinda Delfina Levi, durante a sua intervenção na Sessão de Informações do Governo ao Parlamento.

Segundo Benvinda Levi, dos 96 indicadores (que traduzem as 77 acções do Plano) definidos pelo Governo, “48 indicadores já foram concluídos a 100%”, assegurando que os restantes “48 encontram-se num bom ritmo de implementação”.

No entanto, Levi entende: “o grau de implementação das acções previstas no Plano dos primeiros 100 Dias de Governação é satisfatório, o que nos motiva a continuarmos focados e determinados no cumprimento integral das metas que nos propusemos a alcançar”.

“A título ilustrativo, no domínio da saúde, realizamos 706 cirurgias a nível nacional, o que está a concorrer para reduzir a lista de espera e abranger mais moçambicanos em serviços de saúde, sobretudo das camadas mais carenciadas”, afirma, assegurando ainda que foram construídos seis sistemas de abastecimento de água e reabilitados outros 18 sistemas, “o que está a beneficiar a mais de 74 mil cidadãos, bem como estabelecemos mais de 1.800 novas ligações de água em todo o país”.

A Primeira-Ministra citou ainda a criação do Fundo de Desenvolvimento Económico Local (FDEL), ainda inoperacional, como outra medida de sucesso e de impacto imediato na vida dos moçambicanos.

“As acções que estamos a implementar são um indicador do rumo e da forma de trabalho que será adoptado nos próximos cinco anos da nossa governação, estando em consonância com o Programa Quinquenal do Governo (PQG) 2025-2029 e o Plano Económico, Social e Orçamento do Estado (PESOE) 2025”, instrumentos programáticos que ainda devem ser aprovados pela Assembleia da República.

“Estamos certos que as acções constantes do Plano de 100 Dias de Governação estão a responder, de forma célere, a algumas situações que apoquentam a todos nós e, consequentemente, a contribuir para a melhoria das condições de vida dos moçambicanos. Estas e outras iniciativas que temos vindo a implementar irão concorrer para a geração de mais postos de trabalho e renda para os moçambicanos e, por conseguinte, contribuir para a redução da pobreza nas zonas rurais e urbanas”, acrescentou.

Segundo a antiga Ministra da Justiça (no Governo de Armando Guebuza) e ex-Conselheira Jurídica de Filipe Jacinto Nyusi, para além das medidas de impacto imediato, o Governo está a implementar “programas estruturantes” para o desenvolvimento e modernização de infra-estruturas integradas e resilientes de modo a fortalecer as ligações entre os diferentes sectores sócio-económicos.

Lembre-se que o Plano de Acção dos 100 Dias incluía, entre outras acções, o pagamento de dívidas com os fornecedores de bens e serviços ao Estado e horas extras dos sectores da saúde e educação, acções ainda não concretizadas e que têm causado frustração junto dos lesados. Em dívida aos fornecedores de bens e serviços, o Governo prometeu pagar 1.5 mil milhões de Meticais, enquanto aos professores e profissionais da saúde promete libertar 1.1 mil milhões de Meticais.

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