O Conselho Municipal de Maputo anunciou que 20 semáforos da cidade foram danificados por manifestantes, durante a agitação pós-eleitoral, caracterizada por pilhagens e destruição de infra-estruturas públicas e privadas.
As manifestações em massa, convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, para protestar contra os resultados das eleições gerais realizadas em Outubro passado, começaram pacificamente, mas depois degeneraram em tumultos, incluindo a destruição de propriedades públicas e privadas, bloqueios de estradas e saques de lojas.
Os danos, segundo uma nota da Conselho Municipal de Maputo, foram provocados pelos manifestantes nas principais avenidas da capital do país.
“Os semáforos da Avenida de Moçambique ficaram completamente destruídos. As luzes ao longo da Avenida Acordos de Lusaka e da Avenida de Angola ficaram parcialmente danificadas”, refere-se no comunicado.
Segundo o documento, os acessórios destes semáforos “foram vandalizados, roubados e derrubados.
Os manifestantes danificaram ou roubaram ainda 10 Controladores (CPU), 10.141 postes de iluminação pública, dois painéis solares, duas baterias e 1.563 metros de cabos elétricos”, refere-se na nota.
De acordo com Evelina Gomane, procuradora da Província de Maputo, foram instaurados 240 processos-crime contra os autores de vandalismo e violência durante os protestos pós-eleitorais.
Do total, nove processos são contra membros das Forças de Defesa e Segurança que, nas suas ações, ultrapassaram os limites estabelecidos pela lei, existindo um processo cível contra pessoas que alegadamente financiaram os manifestantes.
A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) estima que os tumultos pós-eleitorais causaram perdas económicas que totalizam 32,2 mil milhões de meticais.