Os empurrões e actos de intimidação protagonizados na semana passada contra jornalistas por agentes da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), na cidade de Nampula, devem-se à falta de cultura jurídica no seio dos agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), apontou à “Carta” o jurista Aloísio Mugema.
Os incidentes aconteceram, quando o comandante-geral da PRM, Joaquim Sive, falava com populares do Bairro de Namicopo sobre segurança pública, num comício alusivo aos 50 anos da corporação.
A reunião foi muito criticada, porque concentrou crianças no local onde estavam Sive, UIR, jornalistas e populares, no popular Bairro de Namicopo.
Comentando sobre o comportamento dos agentes da UIR, polícia anti-montim, o jurista Aloísio Mugema afirmou que a postura dos agentes, demonstrada pela polícia ao seu mais alto nível, revela claramente a falta de cultura jurídica no seio da corporação.
Essa conduta mina, sobremaneira, a confiança da população em relação aos órgãos que zelam pela ordem e tranquilidade públicas, acrescentou Mugema. (Elina Eciate)