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13 de June, 2025

Moçambique projecta produzir cerca de 90 toneladas de café em 2025

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O sector da agricultura projecta uma produção de cerca de 90 toneladas de café ao longo do ano de 2025, anunciou esta quinta-feira (12), em Maputo, o Secretário de Estado do Mar e Pescas, Momade Juízo, na abertura da Expo Café Moçambique 2025.

O evento, que decorre sob o lema “Do cultivo à degustação: celebrando os 50 anos da independência de Moçambique”, está inserido nas comemorações do 50º aniversário da independência nacional.

O mesmo tem como principais objectivos promover a cultura do café e valorizar os produtores locais, incentivar o consumo e a comercialização do café nacional, fomentar parcerias ao longo da cadeia de valor, bem como estimular a inovação e a sustentabilidade na produção e comercialização deste produto. “Como se pode constatar dos dados que partilhamos, cerca de 90 toneladas têm sido a produção média que será alcançada neste ano”, afirmou o governante.

Segundo Momade Juízo, a produção de café em Moçambique envolve actualmente mais de 4.000 pequenos produtores, ocupando áreas que variam entre 0,5 e um hectare, abrangendo cerca de 2.200 famílias. Apontou como principais produtores as províncias de Manica, Sofala, Cabo Delgado e Maputo. “Como podemos saber, nós estamos com cerca de quatro mil produtores desta cultura [café] e há 2.200 famílias envolvidas na produção do café”, referiu.

A fonte sublinhou que as condições agro-ecológicas de Moçambique favorecem o cultivo de café em todo o território nacional, o que representa uma oportunidade para gerar rendimentos às famílias e promover alternativas sustentáveis que contribuam para a redução da desflorestação.

“A produção de café permite gerar rendimento para as famílias e, simultaneamente, oferece alternativas viáveis e sustentáveis a práticas prejudiciais ao ambiente, como o desmatamento”, explicou.

Além disso, o café moçambicano é já exportado para diversos mercados internacionais, com destaque para a qualidade das variedades cultivadas no país, como o arábica, o robusto e espécies raras como o café racemosa.

“Nós encontramos no café uma alternativa bastante sustentável e como podem ver as nossas variedades são muito competitivas e estamos virados para o mercado global para promover o potencial no nosso país”, disse.

Garantiu que o Governo continuará a apostar na formação técnica, investigação e atracção de investimentos para o fortalecimento da cadeia produtiva do café. O presidente da Associação Moçambicana do Café, Genaro Lopes, também destacou o potencial agro-ecológico do país para a expansão desta cultura.

“Temos um país com tudo para poder produzir bons cafés. Clima, solo, variedades incríveis, como o arábico e robusto, e até espécies raras, como o café racemosa. Isso não é comum e pode ser o nosso grande diferencial”, afirmou.

Reiterou ainda total disposição da associação em continuar a colaborar com o Governo no desenvolvimento do sector. 

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