Numa publicação que começou a circular ao meio-dia deste domingo (03), o Estado Islâmico alega que três militares ruandeses foram mortos quando a sua unidade, que se encontrava em missão de patrulha, caiu numa emboscada numa região próxima à aldeia Ntotwe, no distrito de Mocímboa da Praia, província de Cabo Delgado.
A propaganda do Estado Islâmico, que não revela a data da emboscada, também reivindica o ferimento de outros militares, bem como a captura de armas, algumas das quais, de fabrico israelita, usadas pelos solados ruandeses na manutenção de paz e combate ao terrorismo em Cabo Delgado.
A informação não foi confirmada pelas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e pelas Forças de Segurança do Ruanda (RSF na sigla em inglês), e nem por fontes independentes, sabendo-se apenas que normalmente as autoridades ruandesas não divulgam as baixas sofridas no Teatro Operacional Norte (TON).
Em finais de Janeiro, as Forças de Segurança do Ruanda anunciaram o envio de um novo contingente para apoiar no combate aos grupos terroristas em Cabo Delgado, no norte de Moçambique. Esta nova mobilização de tropas ruandesas coincidiu com o relato de várias incursões de grupos terroristas em Cabo Delgado.
Uma força de mais de dois mil militares do Ruanda combate desde 2021 os grupos terroristas que operam na província de Cabo Delgado, protegendo, nomeadamente, a área onde a francesa TotalEnergies tem um empreendimento para explorar gás natural, após acordo entre os dois governos. Desde Outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta ataques terroristas reclamados pelo Estado Islâmico.