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Poucos dias depois de uma ponte entre o Macurungo (Maganhe) e o Estoril, na cidade da Beira, ter sido inaugurada sem a presença de representantes das principais cores partidárias de Moçambique (Frelimo, Renamo e MDM), o advogado Ivan Pontavida, que custeou o empreendimento e ofereceu-o à edilidade local, está ser perseguido…indirectamente pela Procuradoria Geral da República.
É mais um caso bizarro de uma Justiça que, ao invés de investigar quem rouba ao Estado, se põe a perseguir quem ajuda o próprio Estado, onde este não tem meios ou faz vista grossa. Com efeito, a Procuradora Chefe provincial de Sofala, Carolina Azarias, acaba de enviar um ofício ao Presidente do Conselho Autárquico da Beira, com data de 18 de Julho, solicitando informação detalhada sobre a referida construção.
No ofício, a PGR em Sofala, não especifica que tipo de informação procura, mas destaca o facto de ter sido construída uma Obra Pública, Ponte, por iniciativa e com o financiamento do advogado Ivan Pontavida, avaliada em 6 milhões de Meticias”. Esta solicitação de informação por parte da PGR está a ser alvo de interpretações jocosas nas redes sociais. A opinião pública sugere que trata-se de uma perseguição pura e simples.
O advogado Ivan Pontavida, com quem falamos ontem, está tranquilo e promete colaborar, se a PGR quiser obter diretamente de si qualquer informação sobre sua empreitada. Se for sobre a origem dos fundos, Pontavida não tem papas na língua: “Sou advogado há 17 anos e tenho ganho dinheiro, trabalhando”.
Ele clarifica que não tem intenções políticas nem apetites de concorrer para a edilidade da Beira. A advocacia dá-lhe total satisfação, asseverou ele. Ontem, “Carta” tentou ouvir a PGR, Beatriz Buchile, sobre o assunto, mas ela remeteu-nos à Procuradora Chefe Provincial, com quem estamos ainda a tentar chegar à fala. (M.M.)
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