O país assinalou na última sexta-feira (07), dois meses desde o desaparecimento de Arlindo Chissale, jornalista e activista capturado por homens que se faziam transportar numa viatura Mahindra sem matrícula, na aldeia Silva Macua, no distrito de Ancuabe, em Cabo Delgado.
Transcorridos sessenta dias, e apesar do conhecimento das autoridades, ainda não há notícias sobre o paradeiro de Arlindo Chissale, também editor do Pinnacle News, que nos últimos tempos era apoiante de Venâncio Mondlane.
Uma fonte familiar disse à “Carta” que um mês depois de terem feito algumas chamadas para os números de telefone, a família ainda não obteve quaisquer pistas sobre o seu desaparecimento.
Numa denúncia sobre a perseguição aos seus apoiantes, intitulada “Violência Policial e Pedido de Investigação”, datada de 17 de fevereiro passado, enviada à Procuradoria-Geral da República pelo ex-candidato às eleições presidenciais do ano passado, Venâncio Mondlane, consta o nome de Arlindo Severiano como um dos desaparecidos nas mãos da polícia na província de Cabo Delgado.