O ano lectivo de 2025 tem início hoje, em todo o país, para o Sistema Nacional de Educação. No entanto, o governo informou que há um deficit de 12 mil professores para o ensino primário e secundário. Para suprir o deficit, alguns professores efectivos poderão ter uma sobrecarga em termos de carga horária, numa altura em que a classe se queixa de falta de pagamento de horas extras desde 2022.
Em entrevista aos jornalistas, após a IIª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros, o porta-voz do Governo, Inocêncio Impissa, afirmou que apesar da intenção de contratar novos professores, isso não será suficiente para resolver o deficit.
“Temos um deficit de cerca de 12.000 professores, o que impõe um grande desafio”, disse Impissa, respondendo a perguntas de jornalistas sobre as novas contratações para o sector da educação, com o objectivo de evitar o acúmulo de horas extras.
Entretanto, Impissa assegurou que estão criadas as condições para o início hoje do ano lectivo de 2025, apesar dos desafios impostos pela insuficiência de infra-estruturas e de salas de aula destruídas durante as manifestações pós-eleitorais, além de outras danificadas pelos ciclones que têm afectado o país, especialmente na zona norte.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), até 18 de Janeiro, 129 escolas foram afectadas pelo ciclone Dikeledi, com 371 salas de aula comprometidas, sem descurar algumas escolas destruídas e/ou incendiadas no âmbito das manifestações que acontecem no país desde Outubro de 2024.
Importa destacar que, no fim do ano passado, os professores ameaçaram que, sem o pagamento das horas extras em atraso, não se apresentarão nas salas de aula e muito menos continuarão a fazer as horas extraordinárias. (Carta)