A degradação da natureza e o efeito das mudanças climáticas estão a comprometer o bem-estar de 3.2 biliões de pessoas, ou seja, 40 por cento da humanidade.
A informação foi partilhada nesta quarta-feira, pelo Administrador da Cervejas de Moçambique (CDM), Hugo Gomes, na abertura da conferência sobre o clima. O encontro é organizado pela CDM sob o tema: Mudanças Climáticas e Desenvolvimento: Que desafios para Moçambique.
Por outro lado, o vice-Ministro da Terra e Ambiente, Fernando Bemane, salientou que Moçambique é um dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas, tendo sido classificado, em 2019, no topo dos 10 países mais afectados por eventos climáticos extremos.
Para Bemane, a frequência destes eventos tende a aumentar face às mudanças climáticas, agravando deste modo os níveis de vulnerabilidade de Moçambique.
“As perdas associadas a estes eventos, bem como os impactos negativos sobre o tecido social e economia nacional são cada vez mais visíveis e significativos com os registos recentes dos ciclones Idai, Kenneth, Gombe, Ana, entre outros, nas regiões centro e norte do país”, referiu.
Segundo Bemane, reconhecendo que lidar com os impactos negativos associados às mudanças climáticas é um imperativo, o país é chamado a criar e a implementar instrumentos de carácter estratégico para garantir e assegurar a integração das mudanças climáticas no processo de planificação.
O país também deverá promover acções de carácter multissectorial para o desenvolvimento harmonioso, integrado e equilibrado, incluindo assistência humanitária às populações das regiões afectadas.
Mais adiante, Bemane salientou que Moçambique tem estado a desenvolver várias acções no âmbito do programa quinquenal do governo 2020-2024, destacando-se o fortalecimento da gestão sustentável dos recursos naturais e do ambiente. (Marta Afonso)