Maria tinha uma família que adorava tomar café, mas ela só gostava de tomar chá de alecrim. Um dia o pai descobriu que ela gostava de tomar chá e disse que isso era errado, pois, tomar café era é uma tradição milenar da sua família e era obrigatório manter essa tradição. Ouvindo isto, Maria ficou muito triste, saiu dali a correr e, por acidente, caiu de um galho. De repente viu-se cercada por algumas crianças, em quem encontrou apoio e a partir daí todos entenderam como era importante respeitar as diferenças e aceita-lás como um valor único.
Texto Original: Izzy Gomes e Lorenzo Scharlau Vieira
Adaptação e Encenação: Gigliola Zacara
Interpretação: Fernando Macamo
Cenário e figurino: Boaventura Machavele e Tomás
Produção: CRA
(10 de Agosto, às 10h00 na Fundação Fernando Leite Couto)
"Sobre Toda a Escuridão"
Um espectáculo dirigido por Ramadane Matusse
A estória de um homem que se entrega por completo a uma depressão profunda, depois que sua mulher, Susana, morre, em circunstâncias inesperadas, numa queda aparatosa de um prédio. Entre o presente e o passado, tenta se erguer e reconstruir a sua vida depois do amor frustrado ou culpa percutida. Os vaivéns da memória, as alucinações e todo o pensamento trágico o perseguem. As lembranças reconstroem um triângulo amoroso, com a entrada de Filipa, uma mulher que se dedica para o ajudar a levantar. Mas nada é tão simples como parece. Quando tudo parece tomar algum sentido, ele toma uma decisão difícil e inesperada.
Ficha Técnica:
Texto: Mélio Tinga
Direção: Ramadane Matusse
Interpretação: Mateus Nhamunche, Paulo Jamine, Maria Auzenda
(08 de Agosto, às 18h00 na Fundação Fernando Leite Couto)
Usando voz, instrumentos musicais e movimentos corporais, a performance "Queer Scenes" dirigida por Yuck Miranda abre uma discussão sobre o que são cenas queer em Moçambique. Ao centrar-se na dança "Xitchuketa" e noutras danças moçambicanas, a peça serve como uma plataforma para a recordação, evocando a nostalgia para aqueles que atravessam os reinos da dança tradicional. Ao mesmo tempo, representa uma interpretação moderna da expressão queer moçambicana. Yuck Miranda trabalha com um elenco de jovens e emergentes bailarinas moçambicanos que, de uma forma ou de outra, representam a diversidade da comunidade LGBTQIA+ e seus aliados.
SOBRE O AUTOR
Yuck Miranda é um actor e performer moçambicano cujo trabalho abrange representação em cinema/TV, teatro, música, movimento, dança, coreografia, realização e ensino. Unindo versatilidade e experiência na realização, performances centradas no corpo e na sua expressão através do movimento, e facilitação de diálogos complexos, cria obras que defendem os direitos LGBTQIA+ e das crianças. A sua pesquisa centra-se em figuras queer que existiram antes, durante e depois do colonialismo na África Subsaariana, próximas das suas experiências como pessoa queer no mundo.
(07 de Agosto, às 19h00 no Centro Cultural Franco – Moçambicano)
Um questionamento sobre o que deve ser prejudicial. O homem que inventou o plástico, ou o homem que o joga na cidade? Plasti(C)idade é uma performance que não vem ditar o certo ou o errado, mas levanta problemas que deixamos passar e os temos como normais. Questiona sobre os criadores da merda ́enquanto lixo assim como enquanto causadores deste mesmo problema que se deteriora passado milénios. A trama é narrada por dois personagens que se encontram perdidos num aterro sanitário, influenciados pelo comportamento dos pais na sua forma de abordar certos assuntos. Esta performance é também um discurso inclusivo à medida que certos elementos performativos desta são com base na língua de sinais agregando novas formas de comunicar.
(31 de Julho, às 18h00 na Fundação Fernando Couto)
Explorando temas actuais e questões sociais, Titos Pelembe usa diferentes abordagens técnicas, diversos materiais e conceitos inovadores, criando formas com consistência e precisão que lhe atribuem um perfil contemporâneo, mas também tradicionalista.
Em Fragmentos da vida II encontramos um conjunto de peças e instalações elegantes, onde ecoam o presente e o passado. A cerâmica, que tem em Moçambique uma longa tradição, é uma das modalidades das artes visuais que volta aqui a assumir um importante papel.
(De 07 a 31 de Agosto na Fundação Fernando Leite Couto)
"Tchambalakati e Outras Crónicas" é uma galeria de crónicas com muita carga de literariedade e cunho suburbano. Crónicas que foram escritas nos anos 2010 e 2011 e publicadas uma a uma no Jornal Verdade, tendo angariado leitores assíduos e admiradores. Embora já aplaudidas e admiradas por não poucos leitores e críticos, estas crónicas foram sofrendo mínimas mexidas com o tempo de tal forma que estão longe de textos iniciais ou rascunhos.
(02 de Agosto, às 17h30min no Instituto Guimarães Rosa)