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A organização Niassa Lion Project, que gere o Centro Ambiental de Mariri, na Reserva Especial do Niassa, afirma que dois dos seus colaboradores continuam desaparecidos, um mês após o primeiro ataque terrorista ao local.
Em comunicado publicado na sua página de Facebook, o Niassa Lion Project informa que as buscas para localizar os colaboradores desaparecidos continuam, enquanto outro funcionário está a receber cuidados médicos na capital do país. Ao mesmo tempo, garante que as famílias dos desaparecidos e das vítimas mortais estão a receber apoio da organização.
“Os nossos dois escuteiros, Pires e Carlitos, continuam desaparecidos. Eles estão sempre presentes nos nossos pensamentos, assim como as famílias que perderam um pai, irmão, filho ou marido”, lamenta a organização, acrescentando que ainda é cedo para regressar ao Centro Ambiental de Mariri, uma vez que há indícios de que os insurgentes continuam activos nas matas que circundam a região.
“Muitas pessoas perguntam quando poderemos voltar ao Centro Ambiental de Mariri e às nossas casas. Os edifícios ainda estão de pé, mas infelizmente a situação continua perigosa. Os insurgentes permanecem activos na parte oriental da Reserva Especial do Niassa e as forças militares mantêm presença constante, com registo de novos confrontos e perdas de vidas”, lê-se na publicação.
Apesar do cenário instável, a organização destaca as acções em curso para a retoma das actividades, como a criação de um escritório provisório na sede de Mecula. Igualmente, garante que está a trabalhar para assegurar que os 57 estudantes bolseiros continuem os seus estudos e concluam a formação técnica.
