Em 2024, foram apreendidos, em todo território nacional, 1.856,482 kg de cannabis-sativa (vulgo soruma), 1.992,244 de cocaína e 42,054 kg de heroína, avaliados em 1.624.597.046.00 Meticais, o valor mais alto das apreensões dos últimos cinco anos, segundo o relatório do Gabinete Central de Prevenção e Combate à Droga (GCPCD), consultado esta quinta-feira, pela Carta de Moçambique.
O relatório anual do GCPCD, quando comparado com o de 2023, regista uma subida de 1 498 043 402,00 meticais, que corresponde a 1183,75%. O aumento em mais de 100 por cento deve-se à subida exorbitante na apreensão da cocaína, que passou de 36,388 Kg em 2023 para 1 992,24 Kg em 2024.
O relatório aponta que, em conexão com o fenómeno, 732 indivíduos foram detidos em 2024 contra 961 no ano anterior, correspondente a uma redução de 229 arguidos. No mesmo período, 228 indivíduos beneficiaram de liberdade provisória, 325 sob custódia acompanharam os respectivos processos ao Ministério Público e 179 aguardam pela conclusão da instrução preparatória dos processos.
Outros 43 cidadãos moçambicanos encontram-se detidos na diáspora, sendo a maioria no Brasil (21), seguido da Índia, com seis.
De acordo com o documento, os traficantes de droga em Moçambique, como metanfetamina, heroína e anfetamina, utilizam as rotas Afeganistão – Paquistão – Pemba-Zambézia-Maputo-África do Sul. Para a cocaína, usam trajectos como São Paulo-Adis Abeba- Maputo-África do Sul; São Paulo-Lisboa-Maputo-África do Sul e Índia-Moçambique. (M.A.)