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Os profissionais de saúde suspenderam a greve que havia sido marcada para ter início ontem (31 de Março) após um acordo com o Governo para um diálogo que ocorrerá no dia 3 de Abril.
Neste momento, eles aguardam com expectativa a proposta do Governo, que deverá ser apresentada para solucionar as questões abordadas na carta reivindicatória da classe.
“Decidimos adiar a paralisação das actividades, a pedido do Governo, para evitar o início de uma greve. Optamos por ouvir o que o Governo tem a apresentar de concreto para os profissionais de saúde. Actualmente, estamos a enfrentar um cenário complicado, os salários ainda não caíram nas contas dos funcionários públicos, incluindo os profissionais de saúde. Portanto, queremos soluções concretas por parte do Governo”, frisou Anselmo Muchave, presidente da Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM).
Por outro lado, enquanto os profissionais de saúde concedem mais uma oportunidade ao Governo, os professores filiados à Associação Nacional dos Professores (ANAPRO) afirmam que, se o Governo não agir, não terão outra alternativa senão a paralisação das actividades em todo o país.
Entretanto, o Presidente da República, Daniel Chapo, reconheceu que o Governo está com dificuldades para efectuar o pagamento das horas extras dos professores e profissionais de saúde. Chapo falava no fim-de-semana, durante o balanço da sua visita à província de Nampula.
“O processo de pagamento das horas extras está a enfrentar alguns constrangimentos no sistema, no que se refere às transferências de recursos. Por essa razão, apelamos aos nossos colegas nos distritos para que tenham um pouco mais de paciência”, disse o Presidente.
