O rio Limpopo encontra-se num nível de risco moderado a alto, com os distritos de Chicualacuala, Mapai, Chókwè, Guijá e Chibuto, na província de Gaza, afectados por inundações decorrentes do transbordo daquela bacia hidrográfica, causado pelo escoamento das águas provenientes dos países a montante. A informação foi confirmada pelo director da Unidade de Gestão da Bacia do Limpopo, Ivan Cuna.
“Continuamos a observar a redução dos caudais, por exemplo, na estação hidrométrica de Pafúri, situada entre a África do Sul e Moçambique, e que, por sinal, é a primeira a receber os caudais que vêm a montante e afluem para o rio Limpopo. Constatamos que ela já se encontra abaixo do nível de alerta”, explicou Cuna.
Para aquele gestor, isto significa que a situação hidrográfica da bacia do Limpopo encontra-se num nível de risco moderado a alto.
“No entanto, estamos mais próximos do nível moderado, pois os níveis hidrométricos estão a reduzir. Estamos a monitorar o que vai acontecer a montante e, até ao momento, a indicação que temos é que não haverá chuvas significativas que possam gerar maiores caudais. Sendo assim, os caudais ao nível da bacia, ou a partir de Pafúri, até à foz, continuarão a reduzir, o que vai trazer uma situação ainda mais segura”, detalhou.
Entretanto, Ivan Cuna afirmou que este cenário continuará a ser monitorado por mais cinco a dez dias, período em que a redução dos caudais deverá ser mais acentuada.
Em relação à transitabilidade de algumas vias, a fonte destacou que a situação começou a melhorar em alguns pontos, como Chicanhanine e Caniçado, uma vez que as águas dos rios estão a baixar. No entanto, ele mencionou outros pontos, como Guijá/Chivoguene, Makhezi e Katlene em Chibuto, que ainda não estão transitáveis, pois continuam na área de inundações. (M.A)