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Um ano após a sua criação, a Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN), uma instituição pública criada com o objectivo de promover o desenvolvimento na zona norte do país, tem um novo Presidente do Conselho de Administração.
Armindo Saúl Atelela Ngunga foi nomeado, esta terça-feira, pelo Conselho de Ministros, como novo PCA da ADIN, em substituição do veterano da Luta de Libertação Nacional Armando Panguene, que ocupava o cargo desde Março de 2020, data da sua criação.
O anúncio da nomeação de Armindo Ngunga foi feito esta terça-feira, pelo porta-voz do Executivo, Filimão Suazi, no final da 14ª Sessão Ordinária do órgão. Segundo Suazi, a mudança do corpo directivo enquadra-se no âmbito da reestruturação da organização, que apresenta novos objectivos, novas estratégias e uma nova forma de actuação.
Armindo Ngunga, também exonerado do cargo de Secretário de Estado da província de Cabo Delgado, assume uma instituição cujo impacto das suas actividades nas províncias de Nampula, Niassa e Cabo Delgado ainda se procura, sendo que a única “operação” de realce foi o seu lançamento, que teve lugar no passado dia 31 de Agosto, na cidade de Pemba, capital provincial de Cabo Delgado.
Porém, Suazi garante não haver certificado de incompetência ao anterior PCA da ADIN, pois, a movimentação de quadros é algo natural na estrutura do Estado. “A avaliação do trabalho que vinha a ser feito é positiva. Este exercício da alteração das direcções das instituições do Estado não pode ser confundido com certificado de incompetência das pessoas que estão a ser exoneradas para a nomeação de outras”.
Refira-se que, passados 13 meses, após a sua criação, a ADIN ainda não apresentou a sua estratégia ou plano de actividades, sendo que a denominada “Estratégia de Resiliência e Desenvolvimento Integrado do Norte” ainda está em discussão.
A instituição, sublinhe-se, iniciou as suas actividades com um défice de 95%, pois, dos 383.8 milhões de USD projectados para esta fase inicial, até à data do seu lançamento oficial, só tinha conseguido assegurar 19 milhões de USD. No geral, a instituição está a mobilizar 800 milhões de USD para transformar a zona norte do país.
Realçar que as mudanças no comando da ADIN acontecem um mês depois do ataque terrorista à vila-sede do distrito de Palma, na província de Cabo Delgado, que precipitou a paralisação do maior projecto de exploração de gás natural de África, liderado pela petroquímica francesa Total. (Carta)
