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11 de Abril, 2025

Ataques terroristas em Cabo Delgado: Utentes da EN380 pedem retoma da escolta militar

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Transportadores e passageiros pedem às autoridades da província de Cabo Delgado a reintrodução da escolta militar, no troço Macomia-Oasse, ao longo da EN380, como forma de estancar situações de rapto e cobranças ilícitas através de “portagens” improvisadas por supostos terroristas, tal como ocorreu há alguns dias.

Os utentes entendem que, além de eliminar as “portagens”, as escoltas militares garantiriam uma viagem mais segura, sobretudo no troço entre Macomia e Oasse, considerado um dos mais inseguros nos últimos meses.

“O melhor é voltarmos à escolta, porque assim podemos viajar à vontade. Eles [os terroristas] apenas pararam com aquelas cobranças, mas não sabemos se saíram de vez ou podem regressar a qualquer momento. Por isso, o melhor é a escolta”, sugeriu um transportador semi-colectivo de passageiros, que utiliza aquela via com destino à vila de Mueda.

A opinião daquele operador foi partilhada por outros utentes, que, além de manifestarem receio de serem cobrados, temem a ocorrência de situações ainda mais graves, uma vez que as acções dos terroristas são imprevisíveis.

Entretanto, o governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, ao falar nesta quinta-feira (10) em Pemba, duvida que as “portagens” no troço Macomia-Oasse tenham sido montadas pelos terroristas, os mesmos que desde 2017 operam na província.

Segundo Valige, o modus operandi dos indivíduos que recentemente instalaram “portagens” na zona de Chai, por exemplo, difere do comportamento habitual dos extremistas.

Como forma de identificar os autores das “portagens” naquele troço, Valige Tauabo sublinhou que, além das acções levadas a cabo pelas Forças de Defesa e Segurança, a população deve manter-se vigilante e denunciar todas as situações que atentem contra a ordem e a tranquilidade públicas.

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