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As manifestações pós-eleitorais, verificadas em todo o país entre Outubro e Março corrente, que resultaram na morte de mais de 350 pessoas, na sua maioria civis assassinados pela Polícia, dominaram os discursos de abertura da I Sessão Ordinária do Parlamento, na sua X Legislatura.
Para a bancada Parlamentar da Frelimo, a violência “jamais poderá ser aceite como forma de expressão política numa sociedade democrática como a nossa, que pugna pelos valores da paz, tolerância, concórdia e amor ao próximo”.
Segundo Feliz Sílvia, Chefe da bancada parlamentar do partido no poder, as manifestações violentas continuam a destruir bens públicos e privados, levando milhões de moçambicanos ao desemprego e as suas respectivas famílias à miséria.
“Cada vida perdida representa uma família enlutada, um sonho interrompido, um futuro ceifado. A destruição de infra-estruturas representa um retrocesso nos esforços colectivos de desenvolvimento do nosso país”, defendeu Sílvia, na sua primeira intervenção a partir do pódio da Assembleia da República, na qualidade de líder parlamentar da bancada que suporta o Governo.
“Reconhecemos e valorizamos (…) a implacável acção das Forças de Defesa e Segurança na defesa da soberania que, mesmo em momentos que se faz necessário impor a lei e ordem, mantinha uma postura de diálogo e apelo ao respeito à ordem e às instituições legítimas”, disse o político, que anunciou o comprometimento da sua bancada em contribuir com as medidas necessárias visando a promoção dos direitos, liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos, assim como para valorização da dignidade da pessoa humana.
Para Feliz Sílvia, o encontro entre Daniel Chapo e Venâncio Mondlane, ocorrido na noite do último domingo, é mais um exemplo do “esforço contínuo, abertura e disponibilidade” do Chefe de Estado na promoção de um diálogo nacional inclusivo e do seu compromisso com a paz, reconciliação e unidade de todos os moçambicanos.
A bancada parlamentar da Frelimo congratulou ainda o Presidente da República e os nove partidos políticos com assento parlamentar, nas Assembleias Provinciais e Municipais pela assinatura, no passado dia 05 de Março, em Maputo, do Compromisso Político para o Diálogo Nacional Inclusivo.
Para a “bancada maioritária”, o modelo de diálogo inclusivo e “sem protagonismos” que foi adoptado “é o melhor para garantir a paz, a unidade nacional e a participação de todos na tomada de decisões para o bem do povo moçambicano”. (Carta)
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