O segundo candidato presidencial mais votado nas eleições gerais de 09 de Outubro, Venâncio Mondlane, apelou a três dias de “manifestações pacíficas” e paralisação, a partir de segunda-feira, durante a tomada de posse dos deputados da Assembleia da República e do novo Presidente moçambicano, Daniel Chapo.
“Chegou a hora de vocês demonstrarem a vossa própria iniciativa”, afirmou Mondlane, numa intervenção em directo, ao início da noite de sábado, a partir da sua conta oficial na rede social Facebook, referindo-se às cerimónias de investidura, na segunda-feira, dos 250 deputados e, na quarta-feira, do Presidente da República eleito.
A alusão do político à “vossa própria iniciativa” acontece num contexto em que várias mensagens anónimas circulam nas redes sociais apelando a uma greve geral e a paralisações, com ameaças de destruição de autocarros dos serviços públicos de passageiros, caso estes insistam em circular.
As manifestações vão decorrer entre as 08h00 e as 17h00, exortou, apelando ainda a que os seus apoiantes imprimam a foto ou o nome do presidente em que verdadeiramente votaram.
Na “live” de sábado, Venâncio Mondlane acusou “jovens”, numa referência a agentes da polícia, de terem disparado e arrancado telemóveis e equipamento do som da sua comitiva, quando se dirigia a Xipamanine, para um comício.
Os autores dessas acções não tinham nenhuma “justificação legal nem mandato”, avançou Mondlane, descrevendo a actuação como “terrorismo de Estado”.
O segundo candidato presidencial mais votado reiterou que está pronto para responder perante a justiça. “Se me quiserem deter já sabem onde estou, porque estou rodeado de polícias”, declarou. (Carta)