O novo governo dos Estados Unidos autorizou a Agência de Imigração e Fronteiras (ICE, na sigla em inglês) a deportar de forma rápida imigrantes ilegais que residem nos EUA. Com efeito, poucos dias após o início do novo mandato de Donald Trump começaram as deportações em massa de imigrantes ilegais, incluindo os catorze moçambicanos que fazem parte da lista.
Ao longo da campanha presidencial, Trump prometeu conter a imigração ilegal no país, considerando-a uma “emergência nacional”.
Logo no primeiro dia da presidência, o republicano assinou uma série de ordens executivas destinadas a impedir a entrada de imigrantes ilegais no país. No mesmo dia, o senado norte-americano de maioria republicana aprovou um projecto-lei que obriga os serviços federais a deter os imigrantes ilegais suspeitos de determinados crimes.
Por outro lado, Trump deu mais poderes aos funcionários da Agência de Imigração e Fronteiras para prender imigrantes que entraram no país através de programas criados pelo seu antecessor Joe Biden.
Recorde-se que o novo governo dos Estados Unidos também congelou quase toda a assistência estrangeira em todo o mundo, com efeitos imediatos. Em Moçambique, poderão ser afectados mais de 400 milhões de dólares anualmente destinados ao sector da Saúde, dos quais 250 milhões para o programa de combate ao HIV/Sida. Isto significa que, com a suspensão da ajuda externa, o país poderá enfrentar grandes dificuldades para a compra de anti-retrovirais.
A suspensão temporária da ajuda externa dos Estados Unidos decretada pelo presidente Donald Trump no dia 20 de Janeiro vai vigorar durante 90 dias enquanto é conduzida uma revisão dos programas de assistência. (ICE/Carta)