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O Presidente da República, Daniel Chapo, acusou Venâncio Mondlane de “ditadura”, por ter apelado aos moçambicanos para se vestirem de preto numa das várias etapas das manifestações que promoveu em protesto aos resultados das eleições gerais de 09 de Novembro último.
“Dizer às pessoas ‘amanhã vistam-se de preto’, isto não é liberdade, isto é ditadura, cada um escolhe o que quer”, afirmou Chapo, falando na terça-feira (22), num comício no distrito de Moatize, província de Tete.
“As pessoas devem vestir o que querem”, enfatizou o chefe de Estado, sem mencionar o nome de Venâncio Mondlane.
Numa das várias fases das manifestações que promoveu, Mondlane apelou aos seus seguidores para trajarem camisetes pretas como sinal de luto e solidariedade pelas vítimas da repressão policial no contexto da violência pós-eleitoral que, de acordo com o Governo, também resultou na morte e ferimento de polícias, bem como saque e vandalização de bens públicos e privados.
Falando no comício que orientou em Moatize, o Presidente moçambicano considerou que o respeito pelas liberdades fundamentais, incluindo a liberdade de circulação de pessoas e bens, são premissas para o desenvolvimento social e económico do país.
Apesar das críticas ao segundo candidato presidencial mais votado, Daniel Chapo reiterou a aposta no diálogo e reconciliação nacional.
“Nós, como Moçambique, para podermos desenvolver, a nossa base tem que ser a paz, segurança, o apoio entre irmãos e a reconciliação ”, sublinhou Daniel Chapo.
Daniel Chapo e Venâncio Mondlane encontraram-se em finais de Março em Maputo, para acabar com o ambiente de violência política, os dois políticos têm trocado acusações sobre os tumultos que o país têm vivido.
