Numa altura em que milhares de cidadãos nacionais e estrangeiros vivem um drama humanitário e o caos se instalou na fronteira de Ressano Garcia (depois da quadra festiva) – havendo relatos de filas de viaturas com mais de 15 quilómetros, porque as autoridades sul-africanas não aceitam os resultados dos testes da Covid-19 realizados em Moçambique – o Ministro da Saúde, Armindo Tiago, visitou o posto fronteiriço de Ressano Garcia e anunciou à imprensa que decorrem negociações com a África do Sul para que haja consenso sobre a aceitação de testes rápidos da Covid-19, que Moçambique pretende passar a realizar junto à fronteira.
Tiago, que se fazia acompanhar por membros seniores do Serviço Nacional de Migração (SENAMI), Saúde e Polícia da República de Moçambique (PRM), disse que as negociações visam que os referidos testes sejam realizados do lado moçambicano da fronteira e que sejam aceites no país vizinho.
De acordo com Armindo Tiago, Moçambique já criou condições para fazer testes da Covid-19, tendo instalado dois pontos para o despiste da doença na fronteira de Ressano Garcia.
Desde Dezembro de 2020, a África do Sul introduziu a obrigatoriedade de realização de testes para a Covid-19 para todos os cidadãos, incluindo camionistas, situação que não acontecia antes da eclosão da nova variante mais letal do vírus na terra de Madiba e de informações que vieram a público dando conta da existência de “venda” de resultados de testes de Covid-19 negativos em Moçambique. (O.O)