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segunda-feira, 17 fevereiro 2020 14:22

Mário Machungo (1940-2020): Foi-se economista de “gema”

Perdeu a vida, na madrugada desta segunda-feira, na capital portuguesa, Lisboa, vítima de doença, Mário Fernandes da Graça Machungo. Machungo encontrou a morte, após doença prolongada que, inclusive, ditara o seu afastamento da vida pública activa.

 

Mário Machungo, como era comumente tratado, nasceu a 1 de Dezembro de 1940 em Chicuque- Maxixe, província de Inhambane. Machungo, que este ano completaria 80 anos de idade, foi um combatente da Luta de Libertação Nacional, que tempo depois culminou com a proclamação da independência nacional a 25 de Junho de 1975.

 

Após a independência, Mário Machungo ocupou vários cargos ministeriais, donde pontifica o de Primeiro- Ministro da República de Moçambique de 17 de Julho de 1986 a 16 de Dezembro de 1994.

 

Antes de chegar à Primeiro-Ministro, o destaque vai ainda para facto de ter exercido as funções de Ministro da Coordenação Económica durante o Governo de Transição, liderado, na altura, por Joaquim Chissano, de 20 de Setembro de 1974 a 25 de Junho de 1975.

 

No domínio ministerial, desempenhou de 1975 a 1976 as funções de Ministro da Indústria e Comércio; Ministro da Indústria e Energia de 1976 a 1978; Ministro da Agricultura de 1978 a 1980 e Ministro do Planeamento e Desenvolvimento de 1980 a 1986. De 1983 a 1986 acumulou as funções de Governador da província da Zambézia.

 

Foi também deputado da Assembleia Popular, na era do partido único, e, igualmente, deputado na primeira legislatura, já na época do multipartidarismo.

 

Tempo depois, Mário Machungo entrou para o sector privado, tendo a partir de 1995 passado a exercer as funções de Presidente do Conselho de Administração do Banco Internacional de Moçambique, Millennium BIM. Presidiu, igualmente, o Conselho de Administração da Seguradora Internacional de Moçambique (SIM) e a Associação Moçambicana de Bancos.

 

Licenciado em economia pelo Instituto Superior de Economia e Finanças da Universidade Técnica de Lisboa foi também Presidente da Assembleia Geral da Casa do Estudantes do Império em Lisboa de 1969 a 1974.

 

Consta, igualmente, que foi, inicialmente, docente e, mais tarde, director Faculdade de Economia da Universidade de Lourenço Marques, hoje Universidade Eduardo Mondlane (UEM).

 

Na mais antiga e mais importante Universidade do país, Mário Machungo era membro do Conselho Universitário e membro de pleno direito da Associação Moçambicana de Economistas. (Carta)

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