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Alunos da Escola Secundária de Triunfo, na cidade de Maputo, decidiram aliar-se aos seus professores para exigir o pagamento das horas extras. Empunhando cartazes com dizeres como "Dinheiro na conta, professor na sala de aula", os alunos gritavam na entrada da escola.
Já em Marracuene, alunos da Escola Secundária de Gwaza Muthini invadiram várias instituições de ensino deste distrito para impedir que os seus colegas continuassem a realizar os exames. Neste ponto do país, boa parte das escolas teve de interromper os exames devido a esta onda de protestos dos alunos.
Um vídeo amador feito na província de Inhambane e enviado à nossa redacção mostra a resposta violenta da polícia contra alunos do ensino geral que se manifestavam em solidariedade à causa dos professores. Na mesma província, outro vídeo feito na Escola Secundária Filipe Jacinto Nyusi de Malaia, no distrito de Morrumbene, mostra professores e alunos da 10ª classe aos gritos, exigindo os seus direitos.
“A directora distrital de Educação quis nos enganar, tentou realizar os exames à força e chamou professores de outras escolas, mas os alunos não permitiram, abandonaram as salas de aula e se juntaram a nós”, afirmou um dos professores.
De Manjacaze, na província de Gaza, concretamente na Escola Secundária de Chiguivitane, os professores também decidiram boicotar os exames e se amotinaram em frente à escola, acompanhados pelos seus alunos. Aos apitos e gritos de socorro, lamentavam a situação deplorável em que vivem. Entretanto, “Carta” apurou que várias escolas foram obrigadas a anular os exames até que se encontre o momento ideal para a realização das provas. (M.A.)
