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Actualizado de Segunda a Sexta

BCI
terça-feira, 25 maio 2021 06:09

Militarização de Cabo Delgado: Vem aí intervenção diversificada e com tropas do Ruanda

A militarização de Cabo Delgado, para combater os terroristas, esta decidida. Mas Maputo não vai aceitar que a SADC assuma todo o “pacote”. “Carta” apurou que Filipe Nyusi prefere que a infantaria seja entregue ao Ruanda. “As botas vão ser do Ruanda”, disse uma fonte. Nyusi esteve em Kigali recentemente, onde discutiu com Paul Kagame a forma de apoio do Ruanda. Kagame também esteve em Paris, na cúpula com Emmanuel Macron, embora não tenha sido registado publicamente um encontro (de Kagame) com Nyusi.

 

No fim-de-semana, no conclave da Frelimo, Nyusi deixou claro, em dois momentos, que aceitaria a oferta de militar estrangeira m Cabo Delgado. No discurso de abertura do evento, no sábado, o Presidente disse aos membros do Comité Central que o terrorismo “é um fenômeno global” e acrescentou que “nenhum país deve-se considerar imune, ou deve imaginar que pode lutar contra o terrorismo por conta própria”. Aqui, ele assumia que Moçambique não tinha outras opções senão aceitar as ofertas na mesa.

 

No domingo, no seu discurso de encerramento do conclave, ele rematou: "Temos de salvaguardar a concentração de esforços bilaterais para o combate ao terrorismo em Cabo Delgado”. Ou seja, Moçambique tenciona “dividir o mal pelas aldeias”, dando uma tarefa específica a cada parceiro biliteral. Para além da SADC, com seu especifico plano de intervenção com 3000 homens, aviões, helicópteros e barcos, Portugal também está na linha da frente em termos de disponibilidade de apoio, assim como os Estados Unidos da América, que já tem estado a formar fuzileiros moçambicanos. (M.M.)

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