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Finalmente, a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) irá reunir-se para discutir a situação da segurança na província de Cabo Delgado, que se debate com o terrorismo desde Outubro de 2017. Adiado em Janeiro último, devido à propagação do novo coronavírus, o encontro extraordinário terá lugar esta quinta-feira, em Maputo, juntando os países das troikas do Órgão de Defesa e Segurança e da Troika da SADC, denominando-se, assim, “Cimeira da Dupla Troika da SADC”.
Segundo o Chefe de Estado moçambicano, Filipe Jacinto Nyusi, no encontro serão definidos mecanismos para a erradicação do terrorismo na região. O mesmo será presencial.
De acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, o encontro será dirigido pelo Presidente da Troika da SADC sobre Cooperação, Defesa e Segurança e, igualmente, Chefe de Estado do Botswana, Mokgweetsi Masisi. Farão parte também da reunião o Presidente em exercício da SADC e Chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, e os Chefes de Estado da África do Sul, Cyril Ramaphosa, Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, Malawi, Lazarus Chakwera, e da Tanzânia, Samia Suluhu.
Mokgweetsi Masisi manifestou a "profunda preocupação" com os "contínuos ataques terroristas em Cabo Delgado", considerando-os "uma afronta à paz e segurança", não só para Moçambique, mas também para a região e para a comunidade internacional como um todo.
Para além da Cimeira Extraordinária da Dupla Troika da SADC, o Presidente da República anunciou, esta quinta-feira, a convocação da reunião do Conselho Nacional de Defesa e Segurança com o mesmo propósito.
Segundo Nyusi, a reunião estava dependente de informação de base e disponibilidade de alguns membros que estavam empenhados no combate aos insurgentes, que nos últimos dias tinham tomado a vila-sede do distrito de Palma.
Refira-se que há mais de três anos que a província de Cabo Delgado é assolada pelo terrorismo, tendo já causado mais duas mil mortes e perto de 700 mil deslocados internos. (Carta)
