Quando os funcionários e agentes do Estado se preparavam para regressar ao distrito de Muidumbe, província de Cabo Delgado, tal como ordenou o Administrador daquele distrito, Saíde Aly Chabane, os terroristas encetaram uma ofensiva contra aquele distrito, que não registava ataques terroristas desde o passado mês de Abril.
Fontes da “Carta” contam que as aldeias de Namacande, Muatide, Nchinga, Muambula, Namacule, 24 de Março, Namande, Nampanha e Magaia foram alvos de ataques terroristas, no último fim-de-semana, que saldaram na morte de nove pessoas e destruição de diversas infra-estruturas públicas e privadas.
De acordo com as fontes, as vítimas terão sido todas decapitadas pelo grupo, numa invasão que durou dois dias (sábado e domingo). Aliás, as fontes garantem que a resposta das Forças de Defesa e Segurança (FDS) não foi imediata, pelo que, a aldeia Namacule foi tomada pelos terroristas. Lembre-se que a vila-sede do distrito de Mocímboa da Praia continua sob “gestão” dos terroristas, desde Agosto último.
Segundo o Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, nos últimos três meses, os terroristas assassinaram cerca de 270 pessoas, entre civis e militares, nos distritos afectados pelo terrorismo, para além do ferimento de 50 elementos das FDS. Os dados foram avançados à margem do XX Conselho Coordenador daquele órgão das FDS, realizado, semana finda, na cidade de Pemba, capital provincial de Cabo Delgado.
Referir que, em comunicado, divulgado pela Amaq News Agency, pertencente ao grupo terrorista Estado Islâmico, lê-se que os terroristas tomaram aldeias do distrito de Muidumbe, capturaram alguns soldados moçambicanos e recolheram algumas armas e munições. (Carta)