Cai igualmente preço do combustível
Na sequência dos casos de Covid-19 confirmados no Malawi, o presidente Peter Mutharika ordenou a redução do preço do combustível com efeito imediato. Mutharika ordenou igualmente a redução do seu salário e dos restantes membros do governo em dez por cento, durante três meses para orientar para a prevenção da pandemia.
Ele disse que a redução do preço do combustível visa reduzir os custos de transporte e aliviar os pobres à medida que a crise de coronavírus se alastra no país e no mundo.
Mutharika também instruiu a Autoridade Tributária para introduzir isenções fiscais durante seis meses, para permitir que contribuintes com pagamentos em atraso liquidem as suas obrigações sem penalização.
O líder do Malawi também anunciou a criação de um fundo especial para a compra de produtos de produtos agrícolas.
O presidente Mutharika também disse que o governo vai abrir uma conta bancária através da qual empresas e indivíduos podem canalizar as suas contribuições para apoiar a luta contra a pandemia.
Outras medidas anunciadas pelo líder malawiano dizem respeito à isenção fiscal na importação de bens essenciais para o combate ao coronavírus, nomeadamente, equipamento de protecção individual, desinfetantes para as mãos e produtos químicos para o tratamento da água e sabão.
Ele também ordenou o recrutamento de dois mil profissionais de saúde para ajudar na luta contra a pandemia. “Precisamos de um maior número de profissionais e de capacidade humana nesta luta”, disse o estadista malawiano.
Ele também pediu ao ministério das Finanças para aumentar com urgência o subsídio de risco para os profissionais de saúde. No Malawi, a taxa de vagas no sector da saúde é de cinquenta e dois por cento.
Outras medidas incluem a redução de taxas e encargos em todas as transacções electrónicas de dinheiro a fim de promover o uso deste sistema. Mutharika disse que o governo continuará a monitorar a implementação destas e de outras medidas e analisando a situação à medida que a pandemia evolui, e alertou que medidas mais abrangentes podem ser impostas.
Em resposta à pandemia, as Nações Unidas instam os malawianos a trabalhar juntos para evitar que o Covid-19 se transforme numa tragédia humana. Numa declaração emitida em Lilongwe, a ONU incentiva o povo e as autoridades malawianas a respeitar os direitos humanos para o sucesso da resposta à saúde pública.
Entre outras acções das agências das Nações Unidas, destaca-se o aconselhamento técnico fornecido pela OMS para o desenho do plano nacional do sector da saúde para o Covid-19, incluindo o estabelecimento da capacidade de testes laboratoriais e a formação de especialistas em saúde pública.
As agências das Nações Unidas também estão ajudando a evitar o agravamento das condições de vida das famílias vulneráveis com medidas para a protecção de empregos e dos seus negócios.
Entretanto, o Quénia diz que dois dos seus pacientes infectados com Covid-19 estiveram no Malawi. O secretário de Saúde do Quénia, Mutahi Kagwe, disse que duas das quatro pessoas que acusaram positivo o Covid-19 tinham passado pelo Malawi. Dos quatro novos pacientes, Kagwe afirmou que três são quenianos enquanto um é paquistanês. O número total de pacientes com Covid-19 no Quénia aumentou para cento e vinte e seis.(Faustino Igreja)