Trata-se do produtor musical Hélder Mendonça e da activista social Alice Mabota, candidatos do Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) e Coligação Aliança Democrática (CAD), respectivamente, que foram unânimes em afirmar que o Acórdão nº 7/CC/2019 não passa de uma estratégia minuciosamente desenhada pelos seus adversários políticos para tirá-los da corrida eleitoral, devido à franja de apoiantes que possuem e os resultados que poderiam alcançar nas urnas.
Para Maria Alice Mabota, por exemplo, chumbar a sua candidatura não é reflexo de outra coisa, senão do "medo" e "desespero" que se apossou do partido no poder que, praticamente, segundo disse, capturou o Estado e as suas instituições e que tudo tem feito para o retrocesso da democracia no país.
Hélder Mendonça disse, igualmente, que o CC não conseguiu provar com "A mais B" a invalidade dos cartões eleitorais, a repetição dos mesmos, entre outras irregularidades que vêm arroladas na decisão daquele órgão, tornada pública no final da tarde da passada quarta-feira (31 de Julho).
Mendonça, também conhecido por Dinho Xs, viu invalidados 4.147 proponentes, do total de 12.240 que suportavam a sua candidatura. Já Alice Mabota, do total de 13.160 proponentes, viu invalidados 5.611, precipitando a sua exclusão da corrida eleitoral.
O Conselho Constitucional decidiu, recorde-se, invalidar as candidaturas de Hélder Mendonça e de Alice Mabota, devido à insuficiência de proponentes, ou seja, por não reunirem o número mínimo de assinaturas válidas. As candidaturas para as presidenciais devem ser suportadas, nos termos da lei, por um mínimo de 10 mil e máximo de 20 mil assinaturas válidas. Refira-se que para além de Hélder Mendonça e Alice Mabota, o CC afastou da corrida presidencial Eugênio Estêvão.
Para a corrida à Ponta Vermelha, o CC aprovou as candidaturas de Filipe Nyusi (actual Presidente da República e candidato da Frelimo), Ossufo Momade (Renamo), Daviz Simango (Movimento Democrático de Moçambique) e Mário Albino (partido Acção do Movimento Unido para Salvação Integral (AMUSI).
Ainda na semana passada, o CC efectuou o sorteio para definir a posição dos candidatos admitidos para as presidenciais no boletim de voto. Filipe Nyusi ocupará a primeira posição, seguido por Daviz Simango, na segunda, Ossufo Momade, na terceira, e a última será ocupada por Mário Albino. (Ilódio Bata)