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Os terroristas, que desde 2017 semeiam luto em Cabo Delgado, voltaram a atacar, na passada terça-feira (11), o distrito de Meluco, região central da província, resultando em mortes e saque de bens da população.
Fontes explicaram à "Carta" que o grupo atacou uma aldeia que faz limite com o distrito de Montepuez, onde há relatos de mortes, cujos números não foram revelados. "Houve um ataque numa aldeia que faz limite com Montepuez. Os terroristas estão lá e dizem ter uma base nas proximidades, por isso circulam com frequência", contou um residente sob condição de anonimato, revelando que "os militares chegaram à aldeia atacada, mas os terroristas estavam a cerca de cinco quilómetros e não perseguiram, alegando que precisavam de reforços".
Noutro relato, "Carta" apurou que os terroristas atacaram a aldeia de Ravia, onde saquearam diversos bens da população, incluindo valores monetários de comerciantes informais locais. "Na aldeia Ravia, a situação não está boa desde terça-feira. Saquearam muitos produtos nas barracas e levaram para consumo."
Os nossos entrevistados acrescentaram que, devido aos ataques terroristas, algumas comunidades de Montepuez, como Nicocue e Namoro, zona limítrofe com Mecufi, abandonaram as aldeias, incluindo os seus campos agrícolas.
Entretanto, o projecto de monitoria do conflito no norte de Moçambique, Cabo Ligado, no seu relatório divulgado esta quarta-feira, indica que dois civis foram mortos em mais um ataque na aldeia Litandacua, no distrito de Macomia, e cerca de 10 crianças foram supostamente raptadas na aldeia V Congresso, ainda no mesmo distrito. Igualmente, a sede do posto administrativo de Chai foi atacada, mas sem registo de mortes. (Carta)
