Os terroristas montaram uma cancela na estrada que dá acesso ao posto administrativo de Mucojo, distrito de Macomia, centro da província de Cabo Delgado, para interpelar todos os que entram e saem daquela área administrativa. Praticamente, o posto administrativo de Mucojo continua nas mãos dos terroristas onde ditam as suas “leis”.
"Lá, a vida está andar... o preço do arroz é que está a subir, mas de peixe não, porque não tem compradores, só que os mababus não querem brincadeiras, controlam bem, ali na entrada, perto de Manica. Eles colocaram uma cancela e os seus homens exigem documentos como se fossem agentes da PRM", contou um residente local.
"Quem não tiver documentos não sai, mas, se uma pessoa não for de Cabo Delgado, essa está mal, suspeitam que é um agente das forças governamentais em missão de reconhecimento " comentou outra fonte, residente no bairro Nanga A.
As mesmas fontes disseram que os "Mababus" estabeleceram normas que consistem em as pessoas cumprirem as regras do Islão, como por exemplo, a observância do jejum, a proibição do consumo de álcool, entre outras medidas.
Nos últimos dias, dizem as fontes, os "Mababus" estabeleceram as suas bases a partir do extremo sul de Mucojo-sede até o posto administrativo de Quiterajo, onde circulam com uma viatura roubada no distrito de Quissanga.
Refira-se que após o alerta das autoridades para a evacuação da população supostamente para dar espaço a uma ofensiva em Mucojo e Quiterajo, os terroristas ainda mantém-se na zona e a partir de lá lançam novas incursões contra Quissanga e Quirimba e regressam à proveniência. (Carta)