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Um grupo de cerca de trinta (30) homens, pertencente às fileiras terroristas, voltou a escalar na quinta-feira passada as comunidades de Pangane e Pequeué, nos postos administrativos de Quiterajo e Mucojo, distrito de Macomia, província de Cabo Delgado. Durante a ″visita″, o grupo conviveu em paz durante horas com a comunidade de pescadores e pequenos comerciantes e depois retirou-se.
Fontes contaram à "Carta" que os terroristas compraram vários produtos supostamente destinados à celebração do Eid-ul-fitr, que marca fim do Ramadão depois de 30 dias de jejum em cumprimento do quarto mandamento do Islão.
Na conversa, os terroristas transmitiam mensagens, segundo as quais, as pessoas deviam viver sem medo e que a nova liderança do grupo não estava a favor de matanças, pelo que também deviam esquecer o que aconteceu no passado.
Refira-se que, apesar da frequente circulação dos terroristas na região de Mucojo, as Forças de Defesa e Segurança posicionadas na mesma região ainda não lançaram uma ofensiva contra aquele grupo.
Na semana passada, o administrador do distrito de Macomia, Tomás Badae, manteve encontro com famílias deslocadas no bairro Nanga, arredores da vila sede, e foi solicitado pela população para agir contra o grupo de terroristas que circula na zona costeira, mas o dirigente apelou aos presentes que deviam aconselhar os terroristas para se entregarem para serem integrados nas respectivas comunidades.
A resposta do administrador de Macomia vem numa altura em que há relatos de que, entre os terroristas que circulam e mantêm contacto com pescadores na zona costeira do distrito, alguns são naturais, com destaque para Muamudo Saha, importante figura na implantação do terrorismo em Macomia e em particular em Mucojo, para além de Mussa Daniel, um dos líderes do grupo, na sede da localidade Ilala, no posto administrativo de Quiterajo. (Carta)
