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As autoridades policiais da província de Nampula abortaram, no passado dia 27 de Novembro, uma tentativa de ingresso de 28 jovens ao grupo de terroristas que, há mais de cinco anos, operam no norte do país. A corporação diz que os jovens pretendiam reforçar as fileiras dos terroristas.
Os cidadãos foram detidos depois do rio Lúrio, no distrito de Chiure, em Cabo Delgado, quando saíam da província de Nampula com destino ao distrito de Mocímboa da Praia, alegadamente, para uma actividade pesqueira. Estranhamente, os indivíduos são de Nacala-a-velha e Memba, distritos onde a actividade pesqueira nunca foi vedada, à excepção de algumas espécies em períodos já identificados.
Zacarias Nacute, porta-voz da Polícia da República de Moçambique em Nampula, diz que a detenção resulta do trabalho árduo das Forças de Defesa e Segurança, sobretudo no que toca à prevenção e combate à insurgência.
Os jovens, tal como assegurou Nacute, serão encaminhados às suas residências. Aliás, isso tem sempre acontecido e sem apresentação ao Ministério Público para abertura de processos e posterior julgamento, com vista à responsabilização.
“Antes dos jovens serem devolvidos às suas residências, a Polícia entra em contacto com todas as instituições de administração da Justiça, uma vez que os indivíduos foram encontrados ainda no processo de recrutamento e não há matéria suficiente para mantê-los detidos. Isso é diferente dos indivíduos que são encontrados na linha de fogo, que são encaminhados à barra da Justiça”, justificou.
Zacarias Nacute garante mais trabalho no combate ao terrorismo, mas enquanto isso pede maior vigilância e denúncia de casos do género, a nível das comunidades, como forma de desencorajar o alastramento de terrorismo. (Carta)
