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sexta-feira, 25 novembro 2022 04:33

FMI prevê elevado crescimento do crédito à economia em 2023

O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê um crescimento considerável do crédito à economia em 2023, contrariando o cenário vivido em 2021 e 2022 em que o custo do dinheiro é tão caro, devido a altas taxas de juro, de tal modo que não é apetecível aos empresários nem às famílias.

 

As perspectivas constam do comunicado publicado esta semana pelo Conselho de Administração do FMI, após concluir a primeira avaliação do acordo com o Governo ao abrigo da Facilidade de Crédito Alargado (ECF sigla em inglês).

 

Compulsando sobre os indicadores económicos do país, seleccionados de 2019 a 2023, os técnicos do FMI observaram que o crescimento do crédito à economia vai sair de 3% até ao fim de 2022 corrente para 11,5% em 2023, ano em que o Produto Interno Bruto (PIB) nominal vai rondar os 1.3 triliões de Meticais. Objectivamente, o FMI calculou que, no próximo ano, o crédito à economia vai situar-se em 24.3% em relação ao PIB, contra 24.6% a serem registados em 2022 prestes a findar.

 

Quanto à dívida pública, aquela instituição financeira mundial calculou que, em 2023, o endividamento irá abrandar para 101.4% em relação ao PIB, saindo de 102.9% em relação ao PIB de 2022. Os dados do FMI indicam que, em 2020, a dívida pública bateu record (entre 2019 a 2023), ao atingir 120% em relação ao PIB. 

 

Refira-se que, após o Conselho de Administração do FMI concluir a primeira avaliação do acordo com o Governo ao abrigo da ECF, proporcionou ao país o acesso a cerca de 59,26 milhões de USD. O acordo trienal realizado ao abrigo da ECF visa apoiar a recuperação económica, reduzir a dívida pública e as vulnerabilidades de financiamento e promover um crescimento mais vigoroso e inclusivo através de reformas estruturais.

 

No fim da avaliação, o FMI constatou ainda que todos os critérios de desempenho do programa, as metas indicativas e os indicadores de referência estrutural para o fim de Junho de 2022 foram cumpridos. Considerou a orientação da política monetária e a adopção proactiva de taxas de juros mais restritivas desde o início de 2021 como adequadas para combater a inflação. (Evaristo Chilingue)

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