O administrador de Balama, Edson Lino, disse esta quinta-feira que os 39 jovens detidos no dia anterior, suspeitos de estarem a caminho das bases dos terroristas, são trabalhadores de uma empresa de exploração de madeira denominada MINT. A empresa tem uma licença de exploração na região há dois anos.
Edson Lino descartou todas as suspeitas levantadas desde o meio-dia de quarta-feira, segundo as quais, os jovens tinham sido recrutados nas províncias de Nampula e Niassa, para se juntar aos terroristas no distrito de Balama, província de Cabo Delgado.
Lino explicou que o que chamou atenção dos populares, que denunciaram o grupo às Forças de Defesa e Segurança, no âmbito da vigilância activa, é o facto de a empresa não ter comunicado às autoridades sobre o início das suas actividades. "Tentaram fazer-se ao mato para explorar madeira sem se apresentar às autoridades locais", revelou o Administrador de Balama, assegurando que tudo já estava resolvido.
Entretanto, admitiu ter havido pânico na vila distrital na tarde da última quarta-feira, mas garantiu que a situação já está calma e a vida (por exemplo, a comercialização agrícola) decorre sem dificuldades.
Apesar disso, devido à situação de insegurança em Cabo Delgado, com a expansão do terrorismo para o sul da província, o administrador de Balama apelou à população para continuar vigilante e denunciar às FDS e ao governo qualquer acto que possa perturbar a ordem e tranquilidade públicas. (Carta)