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segunda-feira, 18 abril 2022 07:59

Expulsão de Francisco Madeira da Somália: Verónica Macamo diz que ordem é ilegítima

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Finalmente, a Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo, reagiu à expulsão do diplomata moçambicano, Francisco Madeira, enviado especial da Comissão da União Africana (CUA) a Mogadíscio que, desde o passado dia 06 de Abril do presente ano, foi declarado pelo Primeiro-ministro da Somália, Mohamed Hussein Roble, persona non grata, acusado de prática de actos incompatíveis com o seu estatuto de diplomata.

 

Em entrevista concedida à Rádio Moçambique (RM) à margem da visita presidencial ao Botswana, Verónica Macamo disse que a decisão era ilegítima e que o governo moçambicano estava do lado da União Africana e do Presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Farmaajo, que rejeitam a decisão do Primeiro-Ministro da Somália, tendo inclusive o chefe de estado somali ordenado que o ministro dos Negócios Estrangeiros fizesse chegar o pedido de desculpas à UA.

 

Entretanto, este posicionamento e as demais démarches surgem numa altura em que o Ministro da Segurança da Somália, Abdullhahi Mohmed Nuur, ordenou as agências de segurança do Aeroporto Internacional Áden Adde de Mogadíscio para impedir a entrada de Francisco Madeira no país.

 

Refira-se que, desde 2011, a relação entre o Presidente e o Primeiro-Ministro da Somália tem sido muito tensa. A desavença entre os dois levou ao adiamento das eleições, num cenário em que eventualmente mudaria o xadrez político naquele país, nos últimos anos marcado por ataques terroristas da Al-Qaeda e do Al-Shabaab. (O. Omar)

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